domingo, 23 de outubro de 2011

Cancro mama: Reconstrução da mama


Reconstrução da mama
Algumas mulheres com cancro da mama, que fazem uma mastectomia, decidem fazer a reconstrução da mama, durante a cirurgia ou mais tarde; outras preferem usar uma prótese. Outras, ainda, decidem não fazer nada. Qualquer das opções tem vantagens e desvantagens e, essencialmente, o que está bem para uma, pode não estar para outra. Cada pessoa tem várias opções. Se considerar fazer a reconstrução da mama, deve falar com um cirurgião plástico, antes da mastectomia, mesmo que a reconstrução seja feita mais tarde.

Na reconstrução da mama, podem ser usados vários procedimentos. Algumas pessoas escolhem fazer implantes, salinos ou de silicone.

A reconstrução da mama também pode ser feita com tecido retirado de outra parte do corpo: pele, músculo e gordura podem ser transferidos para o peito, a partir da barriga, costas e nádegas. O cirurgião plástico usa estes tecidos para criar, ou seja, para construir a forma da mama.

O tipo de reconstrução mamária mais indicado para cada mulher depende da idade, do tipo de corpo e do tipo de cirurgia que fez. O cirurgião plástico deverá explicar os riscos e benefícios de cada tipo de reconstrução.

Relativamente à reconstrução da mama, pode querer colocar algumas questões ao médico:


  • Qual é a informação mais recente acerca da segurança dos implantes de silicone para a mama?
  • Que tipo de cirurgia me trará melhores resultados? Como será o meu aspecto, depois da reconstrução?
  • Quando poderei fazer a reconstrução da mama?
  • De quantas cirurgias necessitarei?
  • Quais são os riscos durante a cirurgia? E depois?
  • Ficarei com cicatrizes? Onde? Que aspecto terão?
  • Se for usada pele, músculo e gordura, de outra parte do meu corpo, ficarei com alterações permanentes, no local de onde o tecido foi removido?
  • Que actividades deverei evitar? Quando poderei voltar às minhas actividades normais?
  • Irei precisar de consultas de acompanhamento (ou follow-up )?
  • Quanto custará a reconstrução? O meu seguro irá pagar a reconstrução?
http://www.ligacontracancro.pt/gca/index.php?id=188

O poder do chá

http://mulher.sapo.pt/bem-estar/receitas-nutricao/o-poder-do-cha-981507.html

O poder do chá
Descubra as principais variedades, os acessórios mais indicados e gestos de degustação fundamentais


Seja preto, verde, Oolong ou branco, todo o chá é proveniente da mesma planta, a camellia sinensis, um arbusto originário da China, que cresce em climas tropicais e semi-tropicais.

O que diferencia cada tipo de chá são portanto os métodos de produção, nomeadamente o processo de fermentação e de secagem das folhas. Em cada família de chás existem ainda diferentes aromas e sabores, que variam consoante a região de plantação (como Darjeeling, Ceilão e Assam), o tipo de mistura (como o English Breakfast ou Earl Grey) ou aroma (por exemplo, baunilha, canela ou menta).

Ao todo são cerca de 1500 variedades. As infusões ou tisanas de tília, cidreira ou camomila, não são feitas a partir das folhas de camellia sinensis, pelo que não são realmente chá, mas sim uma mistura de folhas, flores ou raízes de plantas e de várias especiarias ou aromas de fruta.

Feitas as devidas apresentações, convidamo-la a viajar até ao maravilhoso mundo do chá.

O poder antioxidante

O chá deve os seus benefícios nutricionais à sua riqueza em antioxidantes, com um teor bem mais elevado se for puro (não aromatizado), de boa qualidade, comprado avulso e tiver uma boa infusão.

Todos os tipos de chá são ricos em antioxidantes, nomeadamente flavonóides, também designados por polifenóis do chá, que protegem o organismo dos efeitos nocivos dos radicais livres, contribuindo para a prevenção de determinadas doenças crónicas e do envelhecimento prematuro.

O chá verde tem ainda um tipo de antioxidantes particularmente poderoso, as catequinas. Vários estudos demonstraram que um consumo regular desta bebida (três chávenas por dia) associado à ingestão de fruta e legumes, igualmente ricos em antioxidantes, ajudam a lutar contra o envelhecimento celular.

A cafeína do chá
O chá contém teína, também conhecida por cafeína do chá. Uma chávena de chá tem cerca de 40 a 50 mg de teína enquanto uma dose equivalente de café contém 70 a 130 mg de cafeína.

Apesar da má reputação desta substância, vários investigadores têm vindo a verificar que o consumo inferior a 300 mg por dia não tem efeitos adversos na maioria da população adulta.

Alguns estudos sugerem mesmo que quantidades moderadas de cafeína ou teína podem aumentar a capacidade de concentração e a vivacidade.

Desta forma, quatro chávenas de chá por dia oferecem benefícios para a saúde sem as contra-indicações de outras bebidas que contêm cafeína. Mesmo assim, devido ao seu poder estimulante há quem prefira desteínar o chá.

Uma forma caseira de o fazer consiste em colocar as folhas de chá num bule com água a ferver e retirar toda a água após 30 segundos. Depois é só adicionar uma segunda porção de água a ferver nas folhas já sem teína e seguir os procedimentos habituais.


Protecção dentária
Beba chá e fará menos vistas ao dentista. Para além de ser uma bebida tradicionalmente apreciada sem açúcar, o chá é uma fonte natural de flúor (0,2 a 0,3 mg por chávena), que protege e fortalece os dentes, e é também uma arma contra a bactéria responsável pelos depósitos de placa bacteriana nos dentes.

Porém, se os seus dentes têm tendência para escurecer com facilidade dê preferência aos chás verdes e brancos. Se prefere o chá preto não o deixe em infusão durante muito tempo para evitar o depósito de taninos em excesso que tingem o esmalte dos dentes.

Avulso ou em saquetas

Apesar de muitos consumidores continuarem a preparar o chá com folhas avulso, vendidas em pacotes ou latas, são cada vez mais aqueles que preferem as práticas saquetas de chá. No caso do chá avulso, a velocidade de infusão dos seus componentes é independente do grau de agitação das folhas em suspensão livre.

Por outro lado, quanto menores forem os pedaços das folhas de chá, maior é a superfície total disponível para o fluxo dos componentes solúveis.

Já com as saquetas de chá existe um transporte mais lento dos componentes solúveis desde o interior das folhas para o líquido, sendo este processo acelerado pela agitação da mesma.

As novas saquetes em pirâmide foram especialmente concebidas para conceder aos ingredientes mais espaço para as folhas de chá mergulharem livremente na água quente, libertando todo o seu aroma e sabor.

Os segredos que o chá esconde
  • Uma chávena de chá contém cerca de 50 mg de cafeína, menos de metade do teor de uma chávena de café.
  • 98 por cento dos ingleses adicionam leite ao chá e apenas 30 por cento acrescentam açúcar.
  • Dentro dos quatro tipos de chá (preto, verde, branco e Oolong) existem cerca de 1500 variedades.
  • O chá tem zero calorias e é diurético. Ao adicionar-lhe leite meio gordo, passa a ter 13 calorias por chávena.
  • O chá é a segunda bebida mais consumida no mundo a seguir à água. No Reino Unido, o consumo médio é de três chávenas por dia.

Menu de degustação
Quem pretende iniciar-se no mundo do chá deve respeitar uma ordem de degustação, começando pelos sabores mais familiares e acabando nos mais raros. Comece pelos chás pretos aromatizados (com frutos, especiarias ou flores) e de seguida, experimente uma variedade natural (não aromatizada), como o Darjeeling ou Ceilão.

Passe para os chás Oolong e depois para os verdes, primeiro aromatizados com menta, limão ou baunilha e depois ao natural, como o Sencha ou o Houjicha. Por fim, estará pronta a saborear a subtileza do chá branco.

Tenha em conta que, tal como o vinho, o chá é rico em taninos presentes nos rebentos da planta do chá.

Quanto mais tempo fica em infusão, maior é a quantidade de tanino libertada para a água, uma substância bastante saudável que reduz a absorção da teína pelo organismo, mas que confere à bebida um sabor amargo.

As tisanas de ervas não contêm taninos, pelo que podem estar mais tempo em infusão sem que isso altere o sabor da bebida.

O que precisa de saber para um ritual perfeito
Um bom chá exige produtos de qualidade e gestos precisos:


ÁGUA
O sabor do chá depende da qualidade da água usada. Prefira água mineral ou filtre-a, caso seja da torneira.

ACESSÓRIOS
Utilize um utensílio adequado para colocar as folhas de chá no bule, evitando tocar-lhe com as mãos. Os coadores metálicos alteram o sabor da bebida, prefira um bule com filtro em acrílico integrado.

TEMPERATURA
Aqueça previamente o bule ou a chávena com água quente para evitar que o chá arrefeça rapidamente. À maioria dos chás deve ser adicionada água a ferver. No caso do chá verde basta utilizar água quente.

BULE

Utilize de preferência um bule de porcelana para cada tipo de chá. Para o lavar, não use detergente nem esponja, passe-o apenas por água fria e deixe-o secar ao natural.

DOSE
Coloque uma colher de chá por chávena e mais uma para o bule. No caso das saquetas deverá usar uma por pessoa. Pode, no entanto, estabelecer a sua medida consoante goste dele mais fraco ou forte.

CONSERVAÇÃO
Mantenha o chá numa embalagem hermética, num local fresco, seco, protegido da luz e odores. Compre o chá verde e branco em pequenas quantidades para ser consumido o mais fresco possível.

INFUSÃO
Deixe a água ferver e só depois coloque as folhas de chá. Consulte o tempo de infusão indicado nas embalagens.

Texto: Vanda Oliveira

Foto: Artur (com produção de Mónica Maia)

A dieta do chá branco

http://mulher.sapo.pt/bem-estar/dietas/a-dieta-do-cha-branco-1007285.html

A dieta do chá branco
É da família do chá verde, mas as suas propriedades são mais intensas e as suas funções mais eficazes.


O chá branco actua no nosso organismo da mesma forma que o chá verde na sua essência, ou seja desincha, desintoxica e acelera o metabolismo, queimando as gorduras.

Mas a vantagem é que faz tudo isso de uma maneira mais intensa e o sabor é muito mais sauve. Extraído da Camellia Sinesis, a diferença está na colheita, as suas folhas são extraídas muito jovens, antes de iniciarem a oxidação e quando ainda estão cobertas por uma penugem esbranquiçada o que garante uma concentração de antioxidantes e termogênicos cerca de 40% maior do que a do chá verde.

A sua preparação é igual ao do verde. Basta colocar a água a ferver e, antes de surgirem as primeiras bolhas, acrescente a erva (2 colheres de sopa rasas para 1 litro de água ou 2 colheres de chá rasas para 1 chávena de água). Abafe por cinco minutos e coe.

Pode beber quente ou frio até 24 horas após o preparo, depois desse timing o chá perde eficácia. A nossa sugestão é prepará-lo diariamente e colocá-lo numa garrafa para andar sempre consigo.

Evite o adoçante e o açucar, para não interferir no processo de desintoxicação. Se tiver mesmo de colocar algo, opte pelo mel.

Uma dica: um pau de canela dá-lhe um sabor especial. E agora já não há desculpas para iniciar a dieta.

Benefícios do chá de menta

http://mulher.sapo.pt/bem-estar/saude/beneficios-do-cha-de-menta-1138557.html

Benefícios do chá de menta
Recém-descobertos benefícios do chá de Menta prometem Primavera mais saudável


A Primavera está quase aí, por isso está na altura de começar a beber chá de menta. Isto de acordo com estudos recentes que relacionam o chá de menta a elementos benéficos no tratamento da asma e alergias.

Um estudo da Universidade de Newcastle, em Inglaterra, concluiu ainda que o chá de menta tem propriedades analgésicas que ajudam a combater a dor.

Os cientistas acreditam que as folhas de menta têm características anti-cancerígenas, anti-fúngicas e analgésicas que ajudam a combater a dor, sendo os seus efeitos semelhantes aos da aspirina.

Graciela Rocha*, investigadora brasileira responsável pelo estudo da universidade britânica, explica: “mais de 50.000 plantas são utilizadas em todo o mundo para fins medicinais e mais de metade de todos os medicamentos prescritos são baseados em moléculas que estão presentes naturalmente nas plantas. Este estudo vem comprovar que a menta tem propriedades analgésicas que fazem com que funcione no alívio da dor.”

Na medicina tradicional a menta é usada para curar várias doenças do foro digestivo, dores musculares e tosse. A nutricionista Helena Cid é peremptória no que diz respeito a este chá: “em Portugal não existe o costume de consumir chá de menta, mas nos países do Médio-Oriente é um hábito ingerir este chá depois das refeições. As propriedades das folhas são conhecidas de forma empírica por esses povos. O chá de menta ajuda à saúde oral, reduz o stress, fortalece o sistema imunitário, agindo como um excelente digestivo”.

Outras investigações têm evidenciado os efeitos benéficos das infusões de flor de laranjeira e camomila. A estas duas plantas são reconhecidas propriedades calmantes, relaxantes e inúmeros benefícios para a pele, melhorando a sua elasticidade e funcionando como um excelente regenerador de células.

Conforme adianta Helena Cid, “tanto a flor de laranjeira como a camomila são excelentes no tratamento da ansiedade, de enxaquecas de origem nervosa, de insónias e stress e até têm efeitos benéficos sobre a pele.”.

* Cientista da Universidade de Newcastle.

Fonte: Imago

Receitas culinárias: Queques de Chá Verde

Outros posts sobre o chá verde: http://dicas-da-ines.blogspot.com/search/label/ch%C3%A1%20verde

http://mulher.sapo.pt/bem-estar/vegetarianas/queques-de-cha-verde-1132456.html 


Queques de Chá Verde
Uma excelente ideia para a sua saúde!


Ingredientes
1 Colher de sobremesa de chá verde em pó
1 Colher de sobremesa de fermento químico
1 copo de iogurte natural
100gramas de manteiga
8 colheres peneiradas de farinha de trigo
3 ovos biológicos
4 colheres de sopa de mel de abelhas

Preparação
Bater vigorosamente o mel e a manteiga em temperatura ambiente com uma colher de pau, adicionar as gemas 1 a 1.
Juntar o iogurte e o pó de chá verde misturados.
Bater a clara em castelo e envolver delicadamente à mistura, peneirar o restante dos ingredientes sobre o preparado e mexer até formar uma massa homogénea. Distribuir por uma forma de queques previamente untada e polvilhada com farinha e assar durante 20 minutos em forno médio pré-aquecido.
Servir com nata de soja fresca.

Receita de: Magpie Castro
SALVA - Associação Internacional de Medicinas Tradicionais e Actividades Saudáveis
Contacto: 214427302


Chá anti-rugas

http://mulher.sapo.pt/moda-beleza/corpo-estetica/cha-anti-rugas-1045536.html


Chá anti-rugas
Cientistas alemães descobriram uma forma mais eficaz e não-invasiva de rejuvenescer a pele


Usada há mais de 40 anos no tratamento de ferimentos e em programas de rejuvenescimento, a luz fria ou LED (light-emiting diodes) conhecida pelo seu poder cicatrizante voltou a dar que falar recentemente.

Em 2008, Andrei P. Sommer e Dan Zhu, uma dupla de cientistas alemães, do Institut für Mikro und Nanomaterialien, da Universidade de Ulm, concluiu que ao expor a pele a esta luz, com o comprimento de onda certo (670 nanómetros), era possível obter uma notável redução das rugas.

Um ano depois, a mesma equipa voltou a surpreender a comunidade científica ao apresentar resultados ainda mais espantosos, acrescentando apenas um ingrediente, o chá verde. Em entrevista à saber viver, os autores do estudo explicam como chegaram às primeiras conclusões. «As nossas observações indicaram que as superfícies hidrófilas da pele estão revestidas de finos cursos de água que funcionam como uma cola.

Com o tempo, a elastina, principal constituinte das fibras elásticas responsáveis pela juventude cutânea, altera-se criando depósitos à superfície e tornando-se cada vez mais hidrófila», explicam. «A formação de um filme de água (tipo cola) restringe a elasticidade das fibras e a pele torna-se cada vez mais rígida. As nossas experiências provaram que através de uma luz, com a intensidade da radiação solar, é possível aumentar a fluidez (e reduzir a textura tipo cola) destes cursos de água», referem ainda.

O segundo elemento
Após as conclusões registadas em laboratório, os cientistas testaram a eficácia do LED numa zona com rugas da pele do rosto. Após dez meses de exposição consecutiva ao LED, foi possível reduzir consideravelmente a aparência das rugas. No entanto, o tratamento apresentou alguns problemas.

«Percebemos que a luz utilizada, em contacto com as células da pele, poderia levar à formação de moléculas de oxigénio reactivo», referem. Tendo em conta que altos níveis deste oxigénio podem provocar stress oxidativo nas células e aumentar o carácter hidrófilo dos cursos de água da matriz extracelular, ou seja, favorecer o envelhecimento cutâneo, os cientistas decidiram «adicionar ao tratamento uma preparação tópica, extraída do chá verde, conhecido por ser um poderoso antioxidante», explicam.

Grau de eficácia
A incorporação do novo ingrediente permitiu alcançar os mesmos resultados obtidos com o LED, em um décimo do tempo. «Com o chá verde alcançámos uma melhoria na aparência das rugas em apenas um mês. O tratamento, testado à volta dos olhos, não é doloroso e é eficaz na pele da mulher e do homem», referem os cientistas, que planeiam fazer mais testes para optimizar o programa.

O tratamento com LED está disponível em Portugal, mas a associação da fórmula à base de chá verde ainda não é usada. «Esperamos que em breve fique disponível para todos», concluem.

A fórmula
O preparado de chá verde, criado por Andrei P. Sommer e Dan Zhu:


Ingredientes

3 g de chá verde
250 ml de água

Preparação
Fervem-se as folhas secas de chá verde na água a 100 graus, deixam-se arrefecer durante 30 minutos e aplica-se o preparado na pele, 20 minutos antes de irradiar a zona com LED.

Texto: Vanda Oliveira

Virtudes do chá e a sua origem

Esta chuva fez-me lembrar as tardes de inverno que passava a beber chá.
E porque não falar das virtudes desta bebida?!?

http://mulher.sapo.pt/bem-estar/saude/virtudes-do-cha-1075119.html

Virtudes do chá
Conheça as virtudes do chá. O chá verde e o vermelho são autênticos "devoradores" de gordura, mas não só!


O segredo do sucesso desta bebida reside na variedade de sabores e, acima de tudo, nas inúmeras utilizações a que se presta. De acordo com as várias culturas, pode ser usado para efeitos medicinais, como pretexto para convívio social ou, inclusive, como manifestação cultural, e até ao serviço da estética.

Na antiguidade, beber chá diariamente era algo reservado às classes sociais mais elevadas. Pelo contrário, as classes mais desfavorecidas, recorrendo à sabedoria popular, recorriam ao chá em busca do alívio para as suas maleitas.

Actualmente, beber chá já não é um prazer reservado somente aos mais favorecidos. A sua utilização democratizou-se e este serve, não só para aliviar o stress do dia a dia, passar momentos agradáveis a sós ou na companhia de amigos, mas também para combater uma indisposição ou até para coadjuvar dietas e contribuir para a beleza.

Neste último ponto, o chá vermelho e o verde são os principais aliados. O hábito enraizou-se de tal modo na sociedade contemporânea que, nos dias de hoje, o chá é bebido a qualquer hora e em qualquer lugar. Um evento social, uma pausa durante o horário laboral ou uma ida às compras, em casas especializadas ou até em cafés tradicionais, tudo serve de pretexto para desfrutar de um bom chá.

Efeitos terapêuticos
Beber um chá ou uma infusão pode ajudar na prevenção e alívio de algumas maleitas. Por exemplo, a infusão das folhas de chá contém fitoestrógeneos, que reduzem o risco de desenvolvimento da osteoporose. Para além disso, as folhas de chá contêm uma considerável quantidade de polifenóis, que possuem propriedades antioxidantes.

Há mesmo quem defenda que o consumo regular de chá, associado a um estilo de vida saudável, pode proporcionar a protecção contra vários tipos de cancro e reduzir o risco de doenças cardiovasculares. O chá também é utilizado como medicamento pelo facto de conter cafeína, tanino e substância volátil aromática.

Acredita-se que possui efeitos sedativos, diuréticos, bactericidas, baixa o teor da glicémia e tem, também, um efeito anticancerígeno. Conheça as propriedades mais importantes sobre alguns tipos de chás:

Chá Vermelho ou Pu-Erh

Possui propriedades curativas, actua sobre as substâncias que regulam as funções corporais, ajudando, inclusive, a reduzir o colesterol. Para além do seu efeito depurador, o pu-erh é um óptimo digestivo, sendo muitas vezes utilizado pelos orientais, após uma refeição mais "pesada".

Bom diurético, é igualmente utilizado em casos de diarreias, cansaço, ressacas e dores de cabeça, bem como em situações de malária, conjuntivite, septicemia e epilepsia. Usado exteriormente, quer seja líquido, em forma de creme, gel ou sabonete, pode ser útil na profilaxia de infecções, nas queimaduras e em contusões, porque tem um efeito antibacteriano e reforça o sistema imunitário.

Por outro lado, o chá vermelho não influência o sistema cardiovascular e ajuda a combater o cansaço e a depressão. Para além disso, pode beber-se a qualquer hora, porque não causa insónias e é indicado mesmo para quem tem problemas de estômago.

Chá Verde
A seguir ao chá preto, este é o mais divulgado e consumido na Europa. Com poderes curativos que fortalecem o sistema imunitário, este chá é considerado uma bebida light, dado que uma chávena do mesmo contém somente duas calorias. Como é uma bebida com baixo teor de teína, é um óptimo substituto para o café, principalmente à noite, já que não provoca insónias.

Esta bebida contribui, ainda, para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e, devido à elevada percentagem de catequinas que possui, o chá verde actua ao nível dos intestinos, fígado e pulmões, eliminando as substâncias tóxicas do organismo e proporcionando um efeito adelgaçante e anticelulítico.

É particularmente rico em vitaminas A, C e E, que desempenham uma função relaxante no organismo e possui um elevado teor de flúor, o que faz dele um dentífrico eficaz no combate da cárie dentária.

Muito rico em antioxidantes, o chá verde ajuda a retardar o envelhecimento, estando, actualmente, muito em voga a sua inclusão na composição de produtos de cosmética.

Espírito Zen
As propriedades do chá estendem-se também ao nível espiritual. Na chamada "cultura do chá", a utilização e apreciação da bebida estão intimamente ligadas à meditação e à espiritualidade, encaradas como caminho para a perfeição da alma, mediante a identificação com a natureza.

Nos dias de hoje, começa a ser comum fazer-se um intervalo para uma chávena de chá e as casas da especialidade têm proliferado, em parte, devido ao ambiente que se cria em torno da bebida, ajudando a descomprimir e relaxar da tensão de um quotidiano agitado.

Psicólogos britânicos chegaram mesmo à conclusão que o intervalo para o chá, durante o dia de trabalho, funciona como a melhor forma de estabelecer a comunicação entre colaboradores, mais do que reuniões, mensagens electrónicas ou publicações institucionais.

De acordo com os estudos, mais de oitenta por cento dos empregados afirma que fica mais informado sobre o que se passa no ambiente laboral durante a pausa para beber chá do que numa reunião de pessoal.

Ao serviço da beleza
O chá é famoso, sobretudo, pelas suas propriedades relaxantes e estimulantes. Porém, de há uns anos a esta parte, tem vindo a chamar a atenção pelos seus benefícios para a beleza. Uma novidade no Ocidente, porque, no Oriente, o chá é utilizado há séculos como produto de beleza: para o banho ou cabelo, como dentífrico, loção, creme ou desodorizante.

Atentas ao crescente interesse dos consumidores por esta bebida, as indústrias farmacêutica e de cosmética têm investido no desenvolvimento de produtos e protocolos à base de chá. O chá assume, igualmente, um papel muito importante como coadjuvante em dietas de emagrecimento.

Por exemplo, o que conhecemos normalmente como chá vermelho é consumido como complemento de dietas de emagrecimento, na Europa e nos Estados Unidos. Apelidado como "devorador de gorduras", esta variedade de chá é ainda uma boa aliada na diminuição do nível de colesterol no sangue.

Para além disso, contribui para a rápida assimilação do nível de álcool no sangue e reforça o metabolismo do fígado, colaborando para o desaparecimento do efeito casca de laranja da pele. O resultado de uma alimentação saudável, complementada com chá Pu-Ehr, é uma silhueta muito mais estilizada e firme.

Já o chá verde possui o poder de eliminar toxinas e prolongar a juventude. Diurético, permite ainda baixar o peso. Além disso, é utilizado na aromaterapia e na cosmética para relaxar o corpo e a mente.

Ter um aspecto jovem e saudável, uma pele lisa, sem manchas e hidratada, um corpo firme, um cabelo suave, brilhante e com volume, são alguns dos objectivos que podem ser alcançados com a ajuda do chá verde.

Contudo, é necessário encarar o processo, não como uma medida de recurso, mas como um estilo de vida. Ter uma alimentação equilibrada e fazer exercício regularmente são parte essencial desse estilo de vida.

Mente sã em corpo são
A máxima do poeta Juvenal "Mens Sana in Corpore Sano" nunca foi tão citada como na actualidade, o que revela uma preocupação crescente com a saúde. Actualmente, há uma maior necessidade de encontrar o equilíbrio entre bem-estar físico e espiritual e os institutos de beleza e spas têm aumentado a sua oferta de rituais holísticos, em que o chá surge como um aliado.

Esta bebida relaxante, estimulante, e que ajuda na prevenção do aparecimento de doenças, cuida da saúde mesmo quando a pessoa está em repouso, já que continua a actuar sobre o organismo muito depois de ser consumida.

Nos spas, espaços de tratamento e beleza particularmente vocacionados para o bem-estar físico e psíquico, é comum não só servir-se chá, como também utilizá-lo nos diversos procedimentos, seja em folha ou em produtos de cosmética. Regra geral, é servida uma chávena de chá verde quente ao cliente, para ajudar a relaxar e estimular a acção do cuidado estético.

No caso da drenagem linfática, por exemplo, a função do chá é também agilizar a acção da própria massagem e aumentar o seu efeito anticelulítico e adelgaçante. Na hidrofitoterapia, é comum usar-se folhas de chá para cobrir o corpo, a fim de esfoliar a pele e, em simultâneo, promover a eliminação das toxinas.
Os próprios cremes e óleos usados nestes locais de relaxamento incluem, frequentemente, uma percentagem de chá na sua composição.

Rituais diferentes

A dedicação dos orientais ao chá continua a ser um mistério para os povos do Ocidente. No entanto, nas diferentes regiões do globo, esta bebida é consumida segundo hábitos e rituais muito diferentes. Considerado uma oferenda sagrada, no Tibete, o chá é coado com manteiga de iaque e sal ou leite de cabra.

Já na China, o chá era parte integrante da cerimónia de casamento. Fervido em água quente, o cardo produzia uma infusão amarga que era dada a beber aos noivos, antes do casamento, para que provassem as amarguras de uma vida sem alguém com quem a partilhar.

Depois da boda, ambos bebiam uma chávena de chá verde, mais ligeiro e suave, que simbolizava como seria agradável a vida com um companheiro. Por seu lado, na Turquia, as futuras noras são avaliadas pela sua perícia na preparação da infusão, e, em Marrocos e no Egipto, a bebida é servida em copos de vidro efusivamente decorados.

No Irão e no Afeganistão, o chá verde bebe-se para saciar a sede, e o preto antes de enfrentar o calor (ambos são bebidos com muito açúcar). Em Inglaterra, o costume foi introduzido pela portuguesa D. Catarina de Bragança, grande admiradora da bebida, que levou como parte do seu dote de casamento com o rei D. Carlos II, soberano daquele país, uma caixa de chá da China.

Servia-o na corte, aos aristocratas, iniciando a tão conhecida tradição do Chá das Cinco, um ritual nacional que perdura até hoje e, ao qual, nem a rainha falta. Na Rússia, coloca-se na boca uma colher de marmelada ou um torrão de açúcar antes de beber chá.

No que respeita à temperatura do chá, os hábitos também registam algumas divergências: no Reino Unido, o chá é ingerido a ferver e, nos Estados Unidos, a versão gelada faz as delícias de cerca de dois terços da população.

Origem do chá
Não se sabe ao certo a origem do chá, mas há quem defenda que a planta do chá foi descoberta pelo imperador chinês Shen Nung, em 2737 A. C. que, por precaução, aconselhava os seus súbditos a ferver a água antes de a beberem.

Num dia quente, o imperador estava a descansar debaixo de uma árvore e sentiu muita sede. Ferveu água para beber e, devido a uma brisa ligeira, algumas folhas da árvore que o abrigava caíram dentro do recipiente da água fervida.

Shen Nung viu a água adquirir uma cor estranha e, por curiosidade, provou o líquido. O sabor, diferente do que estava habituado, agradou-lhe bastante. E, desta forma, nascia o chá. Na Europa, as primeiras referências à planta do chá foram feitas por Marco Polo nos relatos das suas viagens.

Porém, o chá só chegou à Europa mais tarde, através das rotas comerciais entre o oriente e o velho continente, não se sabendo, no entanto, quem trouxe a bebida para a Europa. Em Portugal, apesar de o chá ter sido trazido do oriente e comercializado desde muito cedo, a sua inserção na cultura nacional permanece um mistério.

Modo de preparação
Na época da dinastia Ming (1368-1644 D.C.), apenas o chá verde era conhecido. No entanto, a necessidade de percorrer longas travessias até o produto chegar ao destino, fazia com que tivessem de ser dados diferentes tratamentos às folhas de chá para as conservar, o que originou a "descoberta" dos diferentes tipos desta bebida.

Na verdade, todos os chás provêm da mesma planta, a camellia sinensis, pelo que a distinção é feita consoante o tratamento, a qualidade e a preparação das folhas. Assim, dependendo do processo a que for submetida, da folha da camellia sinensis obter-se-á chá preto, verde, branco, vermelho ou Pu-Erh e Oolong.

A escolha é variada e a opção deve ser baseada não só nos gostos pessoais de cada um, mas também no tipo de chá ou infusão que melhor se adequar ao propósito a que se destina. Devido às limitações do estilo de vida moderno, o chá tradicional em folha tem vindo a ser substituído pelas práticas e funcionais saquetas.

No entanto, o produto final não é tão rico em propriedades como o que resulta da utilização das folhas. Nas saquetas é utilizado o pó resultante da crivagem ou do corte das folhas de chá. Ora, para que se obtenha um chá repleto de sabor, devem ser utilizadas as folhas da camellia sinensis, que, quanto menos partidas estiverem, melhor será a qualidade da bebida.

Para obter a melhor infusão de chá verde ou de Pu-Erh, deve aquecer a água até atingir uma temperatura entre os 70º e os 90º graus. Por cada chávena, coloque uma colher de sobremesa de chá no infusor. Deixe repousar o chá verde durante 2 a 3 minutos e o vermelho durante três. Retire o infusor e beba.

Um cuidado igualmente importante para obter o máximo sabor do chá é a utilização de um bule diferente para cada tipo de chá. Desta forma, os sabores não se misturarão nem se confundirão. Outro aspecto a ter em conta é a conservação das folhas da camellia sinensis, que devem ser mantidas em latas herméticas e guardadas num local fresco e seco.

Adoçar ou não?

Beber chá é, hoje em dia, não só um acto social, como também uma forma de ajudar a manter o corpo saudável. Todavia, a ingestão desta bebida não é, nem deve ser, um sacrifício. Assim, para os mais renitentes, que sempre ouviram dizer que não se deve pôr açúcar nesta bebida, aqui ficam três sugestões:
- Mexer o chá com um palito de açúcar
- Juntar mel biológico
- Adicionar açúcar mascavado ao chá

Infusões para o Verão
Com a chegada do Verão, um chá quente não é muito convidativo. No entanto, para os amantes desta bebida existem outras alternativas, já que, consoante o gosto de cada um, qualquer chá pode ser bebido frio e até com gelo. Existem ainda as infusões de várias ervas, uma mistura de vários frutos, ideais para as crianças, porque não possuem corantes, conservantes ou açúcar.

Agradecimentos: GlobalGourmet


Fotografia: © Morten Heiselberg – Fotolia.com