segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O ciclo menstrual, a mulher e o exercício físico - Cuidados e preocupações a ter no âmbito do exercício físico

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O ciclo menstrual, a mulher e o exercício físico
Cuidados e preocupações a ter no âmbito do exercício físico


A mulher necessita de alguns cuidados e preocupações adicionais, quando comparado com o homem, no que respeita à prática de exercício físico.

Estes devem-se à menstruação cíclica, que faz revelar diversas manifestações fisiológicas.

O ciclo menstrual pode ser dividido em 3 fases:
- Fase folicular - Nesta fase dá-se o desenvolvimento inicial e maturação dos folículos ováricos. Estes aumentam a produção de estrogénios (hormonas) à medida que se desenvolvem.

- Fase ovulatória - O nível de estrogénios anteriormente aumentado leva a um pico de hormona luteinizante que conduzirá à ruptura do folículo e libertação do óvulo.

- Fase luteínica - O folículo permanece no ovário transformando-se num corpo lúteo, que é uma pequena glândula que além de libertar estrogénio liberta também progesterona diminuindo a segregação da hormona luteinizante, iniciando se assim a hemorragia menstrual através da diminuição da concentração de estrogénio e progesterona no sangue devido à acção do eixo hipotálamo-hipófise-ovário, iniciando-se assim um novo ciclo menstrual.

Os ciclos menstruais têm a duração média de 28 dias podendo ter um intervalo entre os 24 e os 35 dias de duração. O ciclo tem início no dia em que aparece a hemorragia menstrual e cessa no dia imediatamente antes da hemorragia aparecer.

Conheça algumas considerações que a mulher deve ter nas suas práticas quotidianas de exercício físico. Atenção à intensidade e quantidade! Sabia que exercício físico em excesso, ou praticado com intensidades elevadas por períodos prolongados, pode afectar a saúde menstrual da mulher?

Mulheres que pratiquem exercício de uma forma muito intensa podem desenvolver um síndrome, que se denomina Tríade da Mulher Atleta. Este caracteriza-se sobre a presença de três condições:

 
Desordens alimentares: anorexia atlética
Anorexia atlética é um distúrbio alimentar subclínico específico da população atlética. Esta condição pode desenvolver-se também em mulheres não atletas que façam restrições alimentares com o objectivo de perder peso. Os desportos em que a magreza, estética ou categorias de peso são factores de sucesso constituem um maior risco de desenvolvimento desta condição.

Disfunções menstruais: amenorreia
Amenorreia é a ausência de período menstrual e pode ser primária ou secundária: a primária pode significar a ausência aos 14 anos na ausência de crescimento ou manifestação de caracteres secundários ou ausência aos 16 anos apesar de normal crescimento e manifestação de caracteres sexuais secundários; a secundária é a ausência durante 3 meses em mulheres com ciclos previamente normais e durante 6 meses nas mulheres com ciclos irregulares.

Osteoporose: fracturas ósseas por osteoporose/osteopénia
Osteoporose é uma doença metabólica que leva à diminuição da densidade mineral óssea aumentando a susceptibilidade a fracturas.

Sabia que, em muitos dos casos, a alimentação está na origem deste síndrome?
Devido à diminuição da disponibilidade energética e ao aumento do respectivo consumo, isto leva à diminuição da hormona luteínizante que é responsável pela normal secreção de estrogénio e progesterona, alterando assim a regularidade do ciclo.

O que pode acontecer?
Se esta situação se verificar durante períodos de tempo prolongados provocará alterações menstruais, nomeadamente na sua estrutura temporal (i.e. amenorreia). Estas irregularidades menstruais vão provocar alterações ao nível da concentração de estrogénio que circula no sangue. Esta hormona é de grande importância porque aumenta a eficiência da absorção de cálcio a nível intestinal, e este é um mineral importante para a renovação óssea mas também para os processos de contracção muscular.

Quando a mulher é fisicamente mais activa, apresenta uma necessidade maior de cálcio. E caso a absorção do mesmo esteja diminuída, levará o organismo a obter o cálcio necessário retirando-o dos ossos, e por sua vez provocando assim a diminuição da densidade mineral óssea que origina a Osteoporose e as possíveis fracturas por fadiga.

O que deve a mulher fazer caso que lhe seja diagnosticada uma destas condições?

– Parar de imediato o plano de exercício físico que executa;
– Considerar a sua alimentação, aumentando a ingestão calórica com alimentos ricos em cálcio;
– E aconselhar-se medicamente para que a situação não progrida para uma mais severa.

Sabia que as mulheres tendem a ser mais flexíveis em determinada fase do ciclo menstrual?

Na fase luteínica (2 ultimas semanas do ciclo), as articulações tendem a apresentar uma flexibilidade adicional, resultado do ambiente hormonal (níveis elevados de estrogénio e relaxina) que a mulher vivência nessa fase. Isto explica-se pela maior laxidão ligamentar presente nas articulações. Nesta fase, as mulheres têm um risco acrescido de lesões articulares (e.g. rotura do ligamento cruzado anterior do joelho). Esse risco é explicado parcialmente pela instabilidade articular proporcionada.

Precauções:
- Evitar exercícios de elevadas amplitudes e stress articular;
- Contemplar exercícios que estimulem o trabalho de propriocepção e reforço muscular para diminuir essa mesma instabilidade;
- Consultarem especialistas em exercício físico, com formação certificada, que avaliem o nível de estabilidade articular;

Este aspectos devem ser levados em conta, pois determinados exercícios podem provocar lesões graves.

A utilização de métodos contraceptivos femininos, obriga a considerar a prática de exercício físico?
Por norma, não. A contracepção hormonal, mais conhecida como a “pílula”, até apresenta algumas vantagens para as mulheres que realizam exercício físico com regularidade pois diminui o fluxo da hemorragia e diminui as cólicas menstruais, diminuindo o incómodo. Atenua os efeitos da menstruação devido à compensação hormonal que é feita.

Deve-se parar de fazer exercício físico quando ocorre a menstruação?
De uma forma geral, não. Em termos fisiológicos não há nada que impeça a mulher de realizar exercício durante a menstruação. Durante esta fase a mulher terá de ter em atenção à quantidade da hemorragia para não provocar anemia e às dores menstruais que podem causar algum desconforto durante o treino. Contudo este problema pode ser atenuado com a utilização da contracepção hormonal como referido acima.

http://www.gnosies.com/pt


Guia SOS para problemas estéticos de emergência - As soluções indicadas pelos especialistas

http://mulher.sapo.pt/moda-beleza/corpo-estetica/guia-sos-para-problemas-esteti-1171978.html


Guia SOS para problemas estéticos de emergência
As soluções indicadas pelos especialistas


Já todas fomos vítimas de desastres de beleza embaraçosos que, num momento ou noutro, nos deixaram à beira de um ataque de nervos.

Lábios ressequidos, pele irritada e cabelo danificado... Como ultrapassar situações destas com alguma dignidade?

Para que não volte a passar pelo mesmo, desvendamos-lhe os segredos mais bem guardados dos dermatologistas:

«Depilei-me na zona do biquíni e fiquei com umas borbulhas avermelhadas nada atraentes»

Não é estranho notar uns pontinhos avermelhados no momento ou nos dias que se seguem à depilação. Como o pelo é arrancado desde o folículo, pode reagir com rubor ou irritação. Tal como explica a dermatologista Manuela Cochito, «as borbulhas que surgem após a depilação correspondem a uma pequena inflamação do ostium folicular, que é o ponto de saída do pelo na pele.

Normalmente, é uma situação transitória e passa sem ser necessário fazer nada. Pode aplicar-se um creme calmante com aloé vera ou apenas um hidratante e esperar. Se o problema for muito exuberante, a solução pode passar pela depilação a laser». Para além disso, é essencial fazer uma esfoliação antes de se depilar.

«Os meus lábios estão sempre secos e gretados, e por muita quantidade de bálsamo labial que use, não consigo aliviá-los»
«Os lábios secos são, tal como a pele seca, uma característica da pessoa. Por vezes podem corresponder a uma pele atópica, ou seja, com tendência para formar eczemas», explica Manuela Cochito. «Deve escolher um batom bem hidratante e aplicá-lo várias vezes ao dia. Não deve lamber os lábios porque isso agrava a secura. Evitar ambientes secos ou climas agressivos também é importante», são os conselhos da dermatologista.

Para além disso, pelo menos uma vez a cada três ou quatro semanas há que eliminar as células mortas que se acumulam na camada superior com um esfoliante suave e aplicar depois toda a hidratação de que precisa. Adicionalmente, tente beber a quantidade de água recomendada pelos especialistas (entre 1,5 e 2 litros) para hidratar de dentro para fora.

«Depois de fazer uma esfoliação às pernas, fui à praia e apanhei sol. Agora a minha pele está horrivelmente irritada»
De acordo com a dermatologista, «a esfoliação torna a pele mais fina e, como tal, mais sensível ao sol». Logo após a esfoliação e durante os dias seguintes, é importante evitar a exposição solar a todo o custo. A nova pele que está a emergir à superfície é extremamente vulnerável.

«Não se deve expor ao sol sem protetor solar. O protetor solar é obrigatório sempre e ainda mais quando a pele está sensível», adverte Manuela Cochito. Use um protetor com FPS superior a 30 nas zonas onde se tiver queimado se se expuser ao sol, mesmo que se trate de sol de inverno.

Use um hidratante forte nas 24 horas seguintes e evite produtos com alfa-hidroxiácidos ou beta-hidroxiácidos. Use produtos com chá verde, rico no antioxidante EGCG, conhecido pelo seu poder anti-inflamatório e redutor dos danos que a radiação UV provoca. Os antioxidantes à base de vitamina C também ajudam a paliar o mal-estar e a irritação.

«Usei peróxido de benzoílo para melhorar a acne e agora a minha pele está avermelhada e seca»
«O peróxido de benzoílo é muito eficaz no tratamento da acne mas irrita a pele e pode causar fotossensibilidade, ou seja, mais sensibilidade ao sol e à secura», adverte a especialista.

Os conselhos de Manuela Cochito passam pelo diálogo com o dermatologista «para o caso de ser necessário reajustar a terapêutica» e pela utilização de filtro solar. Trate a sua pele com cremes hipoalergénicos e use produtos com ácido hialurónico. Ajudam a suavizar a pele e permitem que as células mortas sejam removidas mais rapidamente, acelerando a cura.

Aplique um bom creme hidratante, especialmente nas zonas afetadas, tantas vezes por dia quanto julgar oportuno. Escolha uma fórmula oil free para não obstruir os poros.

«Espremi uma borbulha e agora está com muito pior aspeto, inchada e vermelha!»
Espremer uma borbulha é o pior que se pode fazer. Não só potencia infeções como aumenta o aparecimento de cicatrizes e abranda o processo de cura.

«As borbulhas não se devem espremer. Com a asneira já feita, deve aplicar um creme antibiótico e esperar que a inflamação passe. Ao espremer a borbulha espalhou o sebo na derme, causando um processo inflamatório à sua volta, que também aumenta o risco de cicatriz», explica Manuela Cochito.

Use um tratamento específico para as borbulhas durante a noite e, se for possível, deixe-o atuar durante o dia. Escolha uma fórmula com proteção solar para evitar a pigmentação. Também pode cobrir o contorno da borbulha com um creme que contenha cortisona numa percentagem mínima e que deverá, sempre, ser prescrito por um dermatologista.

«Admito que abuso dos ferros de alisar. O resultado? Apesar de usar condicionadores e máscaras nutritivas, o meu cabelo está seco e sem brilho»
«Os ferros de alisar são uma agressão para o cabelo que, assim, perde a sua gordura protetora e torna-se seco, sem brilho e quebradiço», explica a especialista. As máscaras ajudam a manter o cabelo nutrido, o que se traduz numa textura homogénea e saudável, mas não são específicas para lhe devolver brilho.

«Para ter um cabelo saudável deve moderar as agressões que lhe faz, nomeadamente a utilização de ferros de alisar, secadores muito quentes, permanentes e/ou alisamentos, entre outros fatores agressores. Para melhorar um pouco o seu aspeto, existem no mercado vários produtos reparadores que deve experimentar até encontrar o ideal para si», aconselha a dermatologista.

Para prevenir danos no futuro, use primeiro um protetor térmico, aplicando maior quantidade nas pontas. Se o seu cabelo está danificado, não tem outro remédio senão ir cortando aos poucos, sendo que o recomendável é, a cada três semanas, cortar um a dois centímetros.

Texto: Madalena Alçada Baptista com Manuela Cochito (dermatologista)


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Revista "Única" (Parte integrante do Jornal Expresso) do dia 19 de Março de 2011