domingo, 17 de junho de 2012

Comer devagar emagrece ou é um mito?


Dicas para prolongar a sua refeição e não se distrair com a televisão ou o computador

Não é seguramente a primeira vez que ouve dizer "Comer devagar emagrece", mas será simplesmente um boato ou uma verdade comprovada cientificamente?

Com o escasso tempo que se dedica no dia-a-dia a uma alimentação saudável, urge dissipar esta dúvida e perceber se vale mesmo a pena investir mais tempo nas refeições.

Um estudo da Universidade de Wageningen, na Holanda, constatou que quanto mais devagar se come, menos fome se sente.

A pesquisa foi realizada em porquinhos da Índia e gelado, verificando-se que aqueles que acabavam a sua porção em cinco minutos não ficavam tão saciados como os outros.

De acordo com os pesquisadores o ideal seria despender cerca de 30 minutos no mínimo em cada refeição, de forma a que o cérebro tenha tempo de assimilar a mensagem de que está satisfeito.

Para conseguir tal, aprenda algumas dicas para prolongar a sua refeição: reveja o seu tipo de alimentação e coloque mais alimentos para mastigar; não veja televisão enquanto come; saboreie a comida por isso tempera-a e enfeite-a; e..nada de comer com o computador à frente para poupar tempo.

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Obesidade
Investigadora portuguesa premiada por comprovar que comer devagar emagrece


A velocidade com que ingerimos os alimentos tem influência no peso corporal e comer devagar tem resultados equiparáveis aos de uma cirurgia bariátrica, revela um estudo realizado por uma investigadora portuguesa que ganhou um prémio internacional.

A investigação premiada de Júlia Galhardo durou um ano e teve por base 500 jovens obesos que estavam a ser acompanhados no Hospital Pediátrico de Bristol, em Inglaterra, com o objectivo de estudar as hormonas que estão relacionadas com os hábitos alimentares. São duas hormonas do sistema digestivo que circulam no sangue: a grelina, segregada pelo estômago e que induz a sensação de fome e o peptídeo tirosina-tirosina (PYY), segregado pelo intestino e que dá a sensação de saciedade.

Os jovens foram divididos em dois grupos e a um foi dada uma balança computorizada na qual colocavam o prato com os alimentos do almoço e do jantar e que media a velocidade a que comiam, sendo que o ritmo pré-formatado era de cerca de 300-350 gramas em 12-15 minutos. Caso a velocidade fosse superior, o computador dizia para comerem mais devagar.

Ao segundo grupo (de controlo) foi apenas fornecido aconselhamento dietético e físico.

“Passados esses doze meses fomos ver o índice de massa corporal (IMC) do grupo de controlo e do grupo estudado e o grupo relacionado com a balança tinha uma diminuição do índice de massa corporal significativamente superior à do grupo de controlo. Isto deixou-nos muito contentes porque era uma forma barata e acessível de todos diminuírem o peso”, revelou à agência Lusa a investigadora.

Júlia Galhardo apontou que é do senso comum que comer devagar faz com que se fique saciado mais depressa e não se ganhe peso, mas que ninguém tinha antes estudado o que acontecia a nível hormonal.

“No fundo há uma comunicação entre o aparelho digestivo e o cérebro, em que o aparelho digestivo diz: ‘estamos com fome, venha daí comida’. Depois de estarmos a comer, ele diz: ‘já chega, já estamos saciados, não é preciso vir mais comida’”, explicou a investigadora.

De acordo com Júlia Galhardo, quando as crianças e os adolescentes comiam de forma lenta, as hormonas que regulam a fome e a saciedade, e que tinham estado totalmente alteradas pelos maus hábitos alimentares, ficaram novamente reguladas, regularizando também a comunicação entre o sistema digestivo e o cérebro.

Segundo Júlia Galhardo, nunca se deve perder menos de trinta minutos a comer, tendo em conta que cada uma das refeições deve incluir uma sopa de legumes e um prato principal.

A investigadora espera que esta descoberta seja divulgada nos centros de saúde, campanhas de esclarecimento ou mesmo nos estabelecimentos de ensino, lembrando que este é um caso de saúde pública.

Júlia Galhardo foi premiada este ano com o Henning Andersen da Sociedade Europeia de Endocrinologia pediátrica.

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Comer devagar melhora a digestão e ajuda a não engordar
É a primeira fase da digestão. Quanto mais lenta e efetiva, maior a saciedade

Comer devagar e mastigar bem os alimentos é questão de saúde. Além disso, é um bom comportamento para quem não quer engordar.

A mastigação é a primeira fase da digestão. Quanto mais lenta e efetiva, maior, inclusive, a saciedade.

A mastigação lenta permite que as enzimas digestivas tenham mais tempo para metabolizar os alimentos.

Com o alimento adequadamente mastigado, a seleção do que deve ser aproveitado pelo organismo se faz de forma mais apropriada.

Mal mastigados, ao contrário, terminam sendo mal selecionados e o organismo absorve mais do que deveria.

Uma dica para que este comportamento vire rotina é descansar os talheres enquanto se mastiga.

Só assim vai ser possível controlar a mecânica de garfadas ininterruptas, feitas, muitas vezes, quando ainda se está com a boca cheia.

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