sexta-feira, 1 de julho de 2011

Kit de primeiros socorros do viajante

http://saude.sapo.pt/guia-do-viajante/artigos-gerais/kit-de-primeiros-socorros-do-viajante.html


Kit de primeiros socorros do viajante
Se vai viajar leve consigo alguns medicamentos e objectos essenciais


Altitude. Humidade. Temperatura. Micróbios. Stress. Fadiga. Factores como estes fazem das viagens internacionais um contexto de adversidade para o organismo.

Muitas mudanças ambientais e físicas conjugadas podem resultar num estado de saúde fragilizado. O que fazer?

A resposta pode estar em objectos tão simples como uma pinça ou num saco de gelo instantâneo, mas também em medicamentos básicos ou fármacos específicos relacionados com o destino e a duração da estadia. Foi precisamente esse kit que organizámos  para si, com a ajuda de Cristina Azevedo, farmacêutica.

Encontra, de seguida, objectos essenciais e fármacos de venda livre que podem ser úteis em situações SOS.

Entretanto, se deseja saber que cuidados deve ter com os medicamentos antes e durante as viagens clique aqui

1. Soro fisiológico

Útil na lavagem de feridas superficiais, na falta de água corrente limpa, e para lavar feridas mais profundas, em que não é aconselhado o recurso a água e sabão. É também ideal para a lavagem ou hidratação dos olhos e nariz, podendo ser utilizado por qualquer pessoa.

«O ideal é comprar versões unidose, que se mantêm estéreis antes de cada utilização, caso contrário não deve ser aplicado nos olhos. O objectivo é estrear uma embalagem para cada utilização», explica Cristina Azevedo, farmacêutica.

2. Anti-séptico tópico

No caso de feridas menos superficiais, lavar não chega – há que desinfectar. Para isso, a resposta mais comum são as soluções de iodopovidona dérmica. Podem ser utilizadas em crianças, mas com cuidado se a área de desinfecção for muito grande. Estas soluções estão contra-indicadas em caso de gravidez e aleitamento.

3. Gotas oftálmicas emolientes

Indicadas para problemas de vermelhidões e irritações nos olhos provocadas por poeiras, para lavar e hidratar. «Os produtos à base de água de hamamélis são uma alternativa ao soro fisiológico», diz Cristina Azevedo.
Pode-se aplicar uma a duas gotas, no máximo, três vezes por dia.

Para casos mais específicos, como a insuficiência lacrimal, leve a solução que lhe foi recomendada pelo seu médico oftalmologista e siga as suas indicações.

4. Descongestionante nasal


Pode ser soro fisiológico, para crianças, ou água do mar isotónica, para crianças e adultos. Se estas soluções não resolverem a situação, existem vasoconstritores, em gotas ou nebulizadores. Segundo Cristina Azevedo, a oximetazolina é a substância activa de acção mais prolongada.

«Há também soluções de fenilefrina, com efeito mais imediato e passageiro, mas têm mais contra-indicações e efeitos secundários, sendo desaconselhadas», sublinha.

Os efeitos secundários dos descongestionantes incluem secura nasal e ardor. Além disso, se forem usados em excesso, a congestão nasal aumenta, em vez de diminuir. É o chamado efeito rebound que resulta do uso prolongado destes descongestionantes. Estão contra-indicados em casos de hipertiroidismo, glaucoma e gravidez e aleitamento.

5. Anti-histamínico tópico

Permite tratar zonas afectadas pelas picadas de insectos. A menos que a área seja muito extensa, opte por um gel ou emulsão. Proteja as áreas afectadas da exposição solar e não aplique em feridas. Os efeitos secundários incluem ardor e risco de hipersensibilidade. Estão contra-indicados em caso de gravidez e amamentação.

Se o problema persistir, terá que recorrer a outro tipo de medicamento, sempre sob supervisão médica: um corticosteróide tópico.

6. Analgésico antipirético e Anti-inflamatório

Analgésicos e antipiréticos aliviam, respectivamente, as dores e a febre. Ambos os efeitos estão presentes tanto no paracetamol como no ácido acetilsalicílico. Contudo, como esclarece Cristina Azevedo, «o paracetamol está contra-indicado a pessoas com insuficiência renal, indivíduos com problemas hepáticos e em casos de dependência do álcool.

Já o ácido acetilsalicílico tem outras contra-indicações: casos de asma, úlcera  péptica  e doença alérgica e, no caso das crianças com menos de 12 anos, há risco de ocorrer síndrome de Reye, uma encefalopatia que pode provocar a morte». Se a febre for o único sintoma aconselha-se a toma do analgésico e o mesmo se aplica se estiver em causa uma dor muscular. Se, quatro horas depois, a dor não ceder, pode alternar com um anti-inflamatório.

O ibuprofeno, naproxeno e diclofenac são os únicos anti-inflamatórios não sujeitos a receita médica. Estão indicados para dores ligeiras a moderadas com inflamação e contra-indicados em caso de gravidez, aleitamento, doença inflamatória renal e úlcera péptica. Se verificar que os sintomas se mantêm ou agravam, deverá procurar um médico.

7. Antifúngico
«É usado para prevenir e tratar micoses, ou seja, infecções provocadas por fungos (denunciados por manchas ou pequenas borbulhas), normalmente ligadas a situações com água ou humidade. É o caso do pé de atleta, associado às piscinas e a uma má secagem dos pés», esclarece Cristina Azevedo. Se tem tendência para ter este tipo de problema, deve precaver-se com um creme ou um pó antifúngico e ir aplicando para prevenir uma reinfecção.

Caso queira tratar uma infecção instalada, os tratamentos duram, no mínimo, uma semana, pelo que se for fazer uma viagem curta poderá aguardar o regresso e só depois iniciá-lo.

8. Sais de re-hidratação oral

«Estão indicados para evitar a desidratação provocada por diarreias agudas e vómitos, mas também podem ser usados em situações de desidratação solar.

O formato mais comum são carteiras de pó solúvel em água, tomadas após cada vómito ou dejecção diarreica», explica Cristina Azevedo. Caso não tenha total confiança na qualidade da água, ferva-a. Depois, espere que arrefeça antes de fazer a mistura ou os sais perderão as suas propriedades.

Em caso de vómito, para garantir que o medicamento não é rejeitado, espere 30 minutos a uma hora para tomar a solução.

9. Antidiarreico

Trava a diarreia, mas só deve ser usado caso a dieta e os sais de hidratação não surtam resultados. «A diarreia é uma reacção do organismo para expulsar um parasita ou microorganismo invasor. O risco associado aos antidiarreicos é o parasita ficar retido no organismo em vez de ser eliminado», esclarece Cristina Azevedo.

Este tipo de medicamento só está indicado se houver mais do que três dejecções em 24 horas. Caso as fezes tenham sangue e a diarreia seja acompanhada de febre deve consultar um médico. Não deve ser tomado mais do que dois a três dias, caso contrário provocará obstipação. Está contra-indicado a pessoas com doença inflamatória intestinal, como a doença de Crohn.

10. Antiácido

Neutraliza o excesso de acidez produzido pelo estômago. Segundo Cristina Azevedo, «os mais eficazes têm carbonato de cálcio, mas também podem ser à base de hidróxido de magnésio ou de alumínio». Destinam-se a tratamento imediato, pelo que deverá consultar um médico se sofrer sistematicamente de excesso de acidez gástrica.

Em relação aos possíveis efeitos adversos, «o carbonato de cálcio pode causar obstipação, enquanto o hidróxido de magnésio pode provocar diarreia. O hidróxido de alumínio, embora menos eficaz, tem menos efeitos secundários», acrescenta.

11. Antiemético

«Reduz o enjoo provocado pelo movimento, nomeadamente através de um efeito sedativo», explica Cristina Azevedo, segundo a qual a «única substância não sujeita a receita médica é o dimenidrinato, em versão comprimidos ou supositórios». Além de sonolência, podem causar secura de boca. Estão contra-indicados durante a gravidez, no caso de glaucoma e hipertrofia da próstata.

12. Ansiolítico

A toma de psicofármacos deverá ser sempre feita sob supervisão médica, mas se andar de avião lhe provoca alguma ansiedade saiba que encontra à venda um «produto não sujeito a receita médica à base de extractos de plantas (valeriana) indicado para ansiedade e insónia de curta duração causada por exemplo por jet lag», refere Cristina Azevedo. Embora seja uma substância «bem tolerada», pode causar problemas gastrointestinais e sensação de ressaca matinal, como dores de cabeça.

13. Antiespasmódico

Previne ou combate a contracção do estômago, intestino ou bexiga. Segundo Cristina Azevedo, «é indicado para aliviar o desconforto e dor abdominal causados por espasmos e cólicas devido a alterações gastrointestinais». Por exemplo, impede o estômago de se contrair para expulsar os alimentos ou medicamentos.

Se verificar que os sintomas se mantêm ou agravam, procure um médico. O princípio activo mais comum é a butilescopolamina. Pode causar secura de boca, tonturas e taquicardia. Está contra-indicado em caso de gravidez, amamentação, glaucoma e hipertrofia da próstata.

14. Laxante

«Considera-se que uma pessoa que tem prisão de ventre quando tem menos de duas dejecções por semana. Neste caso, é indicada a toma de um laxante», explica Cristina Azevedo.

Existem soluções em drageias, comprimido e clistéres entre outras. Em todo o caso, esclarece Cristina Azevedo, «deve-se tomar apenas o estritamente necessário até a situação se normalizar».

15. Protector solar

Os protectores tradicionais são químicos e demoram algum tempo a actuar, pelo que devem ser aplicados pelo menos meia hora antes da exposição solar. Segundo Cristina Azevedo, «existe também uma protecção física ou mineral, à base de óxido de zinco ou dióxido de titânio. Está presente nos produtos para crianças e na maioria dos destinados a peles intolerantes ou alérgicas. Neste caso, a pessoa fica revestida de uma camada branca e a protecção funciona imediatamente». O factor de protecção mínimo recomendado é quinze, mas o ideal é ser superior e resistente à água.

16. Repelente de insectos

Há várias soluções para afastar melgas, mosquitos e outros insectos. As mais comuns são os sticks e sprays, aplicados em todas as áreas expostas do corpo, evitando o contacto com olhos, nariz e boca.

Segundo Cristina Azevedo, o tempo de protecção é variável: «Normalmente são três horas, mas depende da concentração do repelente: quanto maior for, maior o tempo de protecção, mas maior também o risco de irritação cutânea», explica.

Existem também à venda soluções de essências naturais mas, segundo a farmacêutica, a sua eficácia  não está demonstrada cientificamente. Todos estes produtos, em particular os sprays, não devem ser usados por pessoas asmáticas.

17. Outros produtos

A estes fármacos e artigos de saúde junte ainda os seguintes objectos:

- Fita adesiva

- Ligaduras (não elástica e elástica)

- Tesoura

- Compressas esterilizadas

- Termómetro

- Preservativos

- Seringas e agulhas esterilizadas

- Pinça

- Pensos rápidos esterilizados

- Saco de gelo instantâneo

- Luvas esterilizadas

- Tampões para ouvidos

- Artigos relacionados com o destino e duração da estadia (por exemplo, desinfectante para água e rede mosquiteira)

Texto: Rita Miguel com Cristina Azevedo (farmacêutica)

A responsabilidade editorial desta informação é da revista "Saber Viver"


Medicamentos em viagem - Os cuidados a ter com a medicação durante as viagens

http://saude.sapo.pt/guia-do-viajante/artigos-gerais/cuidados-a-ter-com-a-medicacao.html

Cuidados a ter com a medicação
8 regras que protegem a sua saúde durante as viagens

Os riscos associados a viagens internacionais dependem de inúmeros factores, como as características do viajante (idade, sexo e estado de saúde) e da viagem (destino, objectivo e duração da estadia).

Apesar de existirem diversas condicionantes, uma coisa é certa: um estojo de primeiros socorros é um recurso básico em qualquer circunstância.

Com a ajuda de Cristina Azevedo, farmacêutica, mostramos-lhe de que fármacos e objectos este kit deve ser composto. Saiba mais aqui. (o post sobre este tema sai às 22h00 aqui no blogue)

Não basta, contudo, ter um kit de primeiros socorros recheado de medicamentos. É preciso ter em conta algumas regras de conservação e utilização, antes e durante as viagens:
  1. Mantenha os produtos na embalagem original e com o folheto informativo
  2. Leia e respeite as instruções dadas no folheto informativo, nomeadamente sobre as regras da toma e as circunstâncias em que deverá  procurar um médico
  3. Peça ao médico uma receita com os medicamentos de que poderá precisar se adoecer e uma declaração com os dados da sua medicação habitual
  4. Assegure-se que a receita e a declaração indicam a dosagem, posologia e os princípios activos dos medicamentos (os nomes comerciais diferem de país para país)
  5. Transporte todos estes elementos consigo na viagem e durante toda a estadia, sobretudo se é diabético, cardíaco ou asmático. Essas informações podem ser decisivas em caso de emergência
  6. Se é diabético, leve a insulina na bagagem de mão, para evitar danos causadas pelas baixas temperaturas do porão
  7. A toma de medicamentos por crianças, grávidas, mulheres que se encontram a amamentar e doentes crónicos deve ser sempre supervisionada pelo médico
  8. Caso os sintomas se mantenham ou agravem, apesar da toma do medicamento, procure um médico
Texto: Rita Miguel com Cristina Azevedo (farmacêutica)

A responsabilidade editorial desta informação é da revista "Saber Viver"

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