quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Hortelã-pimenta: Os benefícios da planta que actua contra as más digestões

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Hortelã-pimenta
Os benefícios da planta que actua contra as más digestões


Esta planta oferece um óleo essencial (29 a 55% de mentol), com acção antibiótica, flavonóides, com acção relaxante sobre o tracto gastrointestinal, e taninos com acção emoliente.

Actua nas más digestões e enfartamentos, tem uma acção anti-espasmódica e elimina dores do estômago e intestino.

Ao nível da vesícula biliar, alivia os espasmos e aumenta a produção de bílis.

Num estudo italiano de 2007, realizado em 57 pacientes com síndrome do cólon irritável, 75% dos que utilizaram óleo de hortelã-pimenta reduziram em mais de 50% os sintomas desta patologia ao fim de 4 semanas. No grupo placebo, apenas 38% alcançaram este resultado.

O óleo de hortelã-pimenta (aplicado nas têmporas e zona frontal de 15 em 15 minutos) foi tão eficaz quanto o paracetamol (1000 mg) nas cefaleias de 41 pacientes, num estudo realizado na Universidade Christian-Albrechts, na Alemanha.

Outras indicações
A hortelã pimenta tem um efeito benéfico nos casos de síndroma do cólon irritável e doença de Crohn. Reduz o excesso de pêlos (hirsutismo) em homens e mulheres, podendo ser conjugada, internamente, com a salva, anho casto ou alcaçuz, e com uma aplicação externa de calêndula.

Sob a forma de óleo essencial, utiliza-se: internamente, no tratamento de catarro pulmonar e inflamações na boca; e, externamente, em dores, distensões musculares, entorses e neuralgias, produzindo uma sensação de frio.

Administração

- Chá: As folhas são ingeridas sob a forma de infusão (uma saqueta para uma chávena).

- Óleo essencial: Deve ser administrado com seis a 12 gotas diluídas em água ou sumo, divididas por três tomas diárias.

Precauções
Utilizar sob vigilância de um especialista, em casos de litiase na vesícula biliar (pedras) e de refluxo gastro-esofágico.

Nos homens, pode provocar uma diminuição da libido.

O óleo essencial não deve ser administrado em pacientes com epilepsia ou hipertensão.

Remédios caseiros


- Óleo para massagens: Coloque uma mão cheia de folhas bem esmaga­das de hortelã-pimenta fresca em 250 ml de azeite. Espere sete dias e aplique sobre as zonas afectadas.

Revisão científica: João Beles (naturopata, coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista "Prevenir"

Orégãos: As propriedades terapêuticas desta erva aromática

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Orégãos
As propriedades terapêuticas desta erva aromática


Esta planta cresce espontaneamente em Portugal e as suas folhas são tradicionalmente muito utilizadas em culinária.

É indicada no tratamento e prevenção da gripe. Imunoestimulante e antiviral, aumenta as resistências contra o vírus da gripe, sendo também útil em tosses e rouquidão.

Num grande estudo do Departamento de Agricultura dos E.U.A, publicado em 2001 no Journal of Agricultural and Food Chemistry, o orégão provou ter uma actividade antioxidante 3 a 20 vezes superior a todas as plantas medicinais estudadas (seguida pelo endro, tomilho, alecrim e hortelã-pimenta).

Adicionalmente, esta acção foi 42, 12 e quatro vezes superior às maçãs, laranjas e mirtilos, respectivamente. Outra conclusão interessante obtida neste estudo foi que as ervas aromáticas, plantas e especiarias possuem uma maior actividade antioxidante se forem consumidas frescas.

Princípios activos
Os orégãos contêm um óleo essencial (com timol, carvacrol, limoneno), ácidos gordos com propriedades antioxidantes, antibióticas, antivirais e imunoestimulantes e ácido rosmarínico, com forte acção antioxidante.

De entre todos os seus constituintes fitoquímicos, destaca-se o carvacrol (uma das substâncias mais importantes em Fitoterapia), pelas suas propriedades antitumorais, anticancerígenas, analgésicas, anti-inflamatórias, hepatoprotectoras e antiplaquetárias.

Outras propriedades
Esta planta é eficaz contra bactérias como as salmonelas (Salmonella typhimurium), Escherichia coli e Staphylococcus aureus, sendo por isso muito eficaz como antibiótico no tratamento de gastroenterites, infecções urinárias e pneumonias, respectivamente.

Os orégãos regulam a quantidade de glicose no sangue, sendo por isso também um antidiabético.

Administração

- Alimento: Em saladas, pizzas, marisco e massas.

- Comprimidos: 200 a 400 mg por dia.

- Chá: ½ colher de sopa para uma chávena.

- Óleo essencial: Podem ser utilizadas cinco a dez gotas em água a ferver e fazer um aerossol com o vapor de água.

Remédios caseiros

  • Xarope para constipações e tosse: Em um litro de água, coloque dois ou três raminhos de poejo e orégãos, duas cebolas, duas maçãs, casca de limão, cinco ou sete figos secos e umas pinhas pequenas.
Coza 15-20 minutos (sem chegar a reduzir a água a metade), coe, adicione mel e volte a ferver um pouco. Guarde num frasco e, quando aquecer para beber, adicione umas gotas de sumo de limão (recolha etnobotânica de Joana Cameijo Rodrigues).
  • Salada anti-gripe: Junte vegetais com propriedades antivirais, antioxidantes e desintoxicantes: corte cebola às rodelas, tomate e pepino aos quadrados, pique salsa e coentros e, no final, polvilhe com muitos orégãos. Adicione azeite de borragem e umas gotas de shoyu (molho de soja).

Revisão científica: Dr. João Beles (naturopata, Coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa).

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista "Prevenir"

Alecrim : seu óleo essencial é benéfico para o fígado e vesícula biliar

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Alecrim
O seu óleo essencial é benéfico para o fígado e vesícula biliar


O ácido rosmarínico do alecrim oferece uma acção anti-alérgica.

Mas esta não é a única propriedade desta planta que favorece o fluxo sanguíneo no coração (artérias coronárias), nas pernas e mãos (útil no caso de extremidades frias) e no cérebro, aumentando a memória e a concentração.

Para além disso, o alecrim melhora as insuficiências hepáticas e vesiculares que podem originar má digestão, enfartamento, cólicas e gases. Melhora a circulação, alivia as dores reumáticas nas articulações e estimula o crescimento do cabelo.

Outras propriedades
Alivia o cansaço e é utilizado no tratamento das cefaleias na China, Grécia e Índia. Em óleo essencial, utiliza-se como anti-séptico, anti-viral sendo um tratamento para o herpes simplex, juntamente com a erva-cidreira.  É utilizado como tratamento co-adjuvante da doença de Alzheimer e Parkinson.

Estudos científicos
Dois estudos com 181 adultos que experimentaram aromaterapia (inalação do óleo essencial) com alecrim e alfazema confirmaram melhorias ao nível da memória, capacidade de trabalho, rapidez de raciocínio e humor (International Journal of Neuroscience).

Administração
  • Infusão: Uma colher de planta por chávena, duas a três vezes por dia.Óleo essencial: Uma a duas  gotas com um pouco de água, duas vezes por dia.
Precauções

Seguro como planta medicinal, o óleo essencial é contra-indicado por via interna durante a gravidez e em crianças até aos seis anos.

Remédios caseiros

  • Chá da memória: Junte duas colheres (sopa) de alecrim, salva e erva-cidreira e faça uma infusão em um litro de água. Beba ao longo do dia.

  • Loção do cabelo: Faça uma infusão de cinco colheres de sopa de alecrim, salva, bardana, chá verde, alcacuz e uma cebola picada em um litro de aguardente. Deixar macerar durante cinco dias, agitando diariamente. Aplique antes de deitar com uma pequena massagem.

Revisão científica: João Beles, naturopata (coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

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Alfazema: Ajuda a tratar a ansiedade e o stress, melhorando a qualidade do sono

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Alfazema
Ajuda a tratar a ansiedade e o stress, melhorando a qualidade do sono


Esta planta cresce espontaneamente em Portugal. É também denominada lavanda, uma designação que deriva do latim lavare, por ter sido sempre muito utilizada em lavagens do corpo.

Os constituintes do seu óleo essencial, linalol e acetato de linalilo, têm propriedades antibióticas, sedativas e neurotónicas. A inalação dos seus óleos essenciais melhoraram a capacidade cognitiva e o humor em 144 adultos (Int. J. Neuroscience, 2003).

Outras propriedades
Estimulante respiratório, a alfazema pode ser utilizada em aerossol em bronquites. Ajuda a tratar cefaleias e facilita a digestão, especialmente se estes problemas se agravam com o stress ou ansiedade. Em banhos, é um regenerador e calmante da pele.

Administração
Óleo essencial: Pode ser inalado directamente do frasco (cinco a dez inalações, duas a quatro vezes ao dia), ou aplicado na pele (se não houver reacção alérgica). Pode também ser aplicado na pele através de um óleo de massagem.

Remédios caseiros


  •     Spa em casa: Num banho de imersão bem quente, coloque 20 gotas de óleo essencial de alfazema (ou 200 g das flores previamente fervidas durante dois minutos), juntamente com cinco colheres de sopa de sal. Permaneça, no máximo, 15 minutos no banho e relaxe.
  •     Massagem relaxante: Coloque duas gotas de óleo essencial de alfazema no ponto da Medicina Chinesa 6MC (dois dedos abaixo da prega de flexão do punho, no centro da parte interna do antebraço) em ambos os membros e massaje durante cinco minutos com o dedo indicador.
Revisão científica: João Beles (naturopata, coordenador do curso de Naturopatia do Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

A responsabilidade editorial e científica desta informação é da revista "Prevenir"

Aveia: Um cereal que ajuda a prevenir a diabetes e beneficia os doentes celíacos

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Aveia
Um cereal que ajuda a prevenir a diabetes e beneficia os doentes celíacos


A aveia é um dos mais importantes cereais para a alimentação humana, a par do trigo, da soja e do milho.

É rico em beta-glucanos, fibras viscosas com efeito cardio-protector, hipoglicemiante (atenuando os níveis de glicose pós-prandial), colagogo e colerético (aumentando a excreção dos sucos biliares), laxativo e saciante.

Possui também avenantramidas, vários polifenóis com acção antioxidante, anti-inflamatória e antiprurido, que ajudam a tratar problemas da pele e protegem contra doenças coronárias e cancro do cólon. Contém ainda várias vitaminas do complexo B, com acção sobre o sistema nervoso, e minerais.

Estudos científicos

  •     Na doença celíaca, a aveia demonstrou ser um alimento seguro, após um ano de ingestão de 100 g de aveia por dia. No final do estudo não foram encontradas quaisquer alterações nas biopsias duodenais (Hospital Universitário de Kuopio, Finlândia, 2008).
  •     Num estudo realizado em 2008 na Universidade de Heidelberg, na Alemanha, a aveia reduziu em 40% a aplicação de insulina em pacientes com diabetes tipo 2. Este resultado surgiu ao fim de quatro semanas após a introdução de aveia na dieta.
  •     Na dermatite atópica, 173 bebés com menos de 12 meses que eram tratados com pomadas de cortisona aplicaram também um creme com aveia. Ao fim de 6 meses, houve uma redução de 42% na aplicação da cortisona neste grupo e de apenas 7,5% no grupo placebo (Dermatology, 2007).
Principais propriedades
Tratamento da diabetes e doenças cardiovasculares, reduzindo simultaneamente os níveis de glicose e colesterol quando introduzida na alimentação.

Em uso externo, é um dos principais constituintes de cremes para a pele devido à sua acção hidratante, regeneradora, protectora e anti-irritante. Assim, é utilizada no tratamento de atopias (dermatites, eczema, alergias...), podendo ser aplicada em recém-nascidos e bebés.

Outras propriedades

É um alimento seguro para celíacos. Por ser muito rico em nutrientes, recomenda-se a grávidas e lactentes, na recuperação de doenças e a atletas. É ainda um bom relaxante do sistema nervoso e laxativo.

AdministraçãoIngira como alimento (em flocos, farelo, farinha...), utilizando as formas galénicas (gotas, comprimidos, ampolas...) só em casos pontuais.

Remédio caseiro
Compre flocos de aveia integrais (se estiverem crus, ferva-os em água durante cinco minutos) e junte leite de soja, passas de uva, papaia, amêndoas e um pouco de sumo de limão e mel. Tome ao pequeno-almoço. A aveia vai libertando a energia de uma forma gradual ao longo da manhã, evitando que tenha quebras de energia e fome a meio da manhã.

A responsabilidade editorial desta informação é da revista "Prevenir"

Lúcia-lima: Estimula a digestão, é relaxante e melhora o sono

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Lúcia-lima
Estimula a digestão, é relaxante e melhora o sono


Apesar de ser originária da América do Sul, a lúcia-lima é uma das plantas mais conhecidas da naturopatia portuguesa. Os portugueses tem muito o hábito de a ingerir em chá.

Também denominada de bela-luísa ou doce-lima devido ao seu característico odor a limão, a lúcia-lima (aloysia triphylla) é confundida muitas vezes com a verbena (verbena officinalis) que pertence à mesma família.

Um estudo realizado em março de 2011 na Universidade de Medicina de Madrid concluiu que o efeito antioxidante da lúcia-lima é equivalente ao do chá verde. O efeito anti-inflamatório e antiespasmódico nas dismenorreias da lúcia-lima é equivalente a fármacos como a indometacina. A lúcia-lima protege contra os efeitos adversos da  quimioterapia (cisplatina) na medula óssea, exercendo uma ação antigenotóxica devido ao seu efeito antioxidante. Com base num estudo publicado na Toxicology Letters, em 2004, esta deve ser aconselhada a pacientes oncológicos que estejam a fazer este tratamento.

Princípios ativos
Óleos essenciais, com ação espasmolítica (reduz os espasmos musculares na vesícula, intestino e útero), colagoga (estimula a produção de bílis) e anti-inflamatória. Destaque para o citral com ação antibiótica contra bactérias como a E. coli e antifúngica contra a Candida Albicans. Contém ainda flavonoides e ácidos fenólicos com ação antioxidante e efeitos quimiopreventivos contra alterações genéticas induzidas por toxinas.

Principais propriedades
É benéfica para o sistema digestivo, pode ser utilizada antes das refeições, para abrir o apetite, ou durante as mesmas, para ajudar à digestão, evitando gases e cólicas intestinais. Ao nível do aparelho genital, regula as dismenorreias (menstruações dolorosas) e trata infeções urinárias.

Outras propriedades

Relaxa o sistema nervoso, melhora o sono e reduz as enxaquecas. Também reduz a pressão arterial. O seu óleo essencial pode ser utilizado para fazer perfumes e repelente de insetos.

Administração
Em tisana, utilize uma colher de sopa das folhas secas para uma chávena. Beba duas a três vezes por dia.

Remédios caseiros

  • Sumo tropical

A lúcia-lima pode ser acrescentada a sumos de frutas naturais devido ao seu forte poder antioxidante, ajudando a conservá-lo mais tempo.

Faça um sumo de frutas tropicais com papaia, manga e ananás, junte um pouco de água de coco e folhas frescas de lúcia-lima.

  • Chá digestivo

Durante a refeição, beba uma infusão de 5 folhas frescas de lúcia-lima com uma colher (de sobremesa) de sementes de funcho. Coloque água a ferver sobre as plantas, espere 10 minutos, coe e beba.

Texto: João Beles (naturopara e professor no Instituto de Medicina Tradicional de Lisboa)

A responsabilidade editorial desta informação é da revista "Prevenir"

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