sábado, 15 de junho de 2013

Artigos: Anúncios de emprego

Infelizmente são cada vez mais os anúncios de emprego que são "fraudulentos".

Na plataforma "Ganhem Vergonha": http://ganhemvergonha.pt/ pode ler testemunhos de pessoas e uma lista de empresas com má fama.

Decidi partilhar 3 artigos que encontrei e que podem ser úteis. 

Interpretar anúncios de emprego
Procura de Emprego

Ler nas entrelinhas de cada oferta.

Regra geral, os anúncios de emprego dizem mais do que à primeira vista nos pode parecer. Na verdade, são eles que escondem a chave para o sucesso da primeira etapa de uma candidatura uma vez que permitem identificar o perfil que a empresa procura e, assim, estabelecer a proximidade com o perfil que o candidato oferece.

Desta forma, é essencial conseguir identificar os pontos fundamentais de um anúncio, para retirar o máximo de informação possível e saber seleccionar quais quer e deve responder.

Ajudamo-lo a analisar cada oferta ponto a ponto,  de forma a não perder o seu tempo nem fazer perder o tempo dos responsáveis de recrutamento.

# Identificação da Empresa - Um anúncio onde seja identificada a entidade “recrutadora” é uma ajuda fundamental para os candidatos. No entanto, nem sempre deverá ser um critério eliminatório, uma vez que o anonimato é frequentemente utilizado como uma forma de evitar candidatos que sejam atraídos unicamente pelo “nome” da organização.  Pela identificação da Empresa o candidato deve preocupar-se em saber um pouco mais sobre a actividade e posicionamento daquela, de forma a valorizar a sua candidatura.

# Cargo - A função para a qual se está a recrutar deve estar objectivamente referida e destacada no anúncio. Frases como “ganhe dinheiro rápido” ou “encontre o seu sonho” deverão ser vistas com alguma desconfiança uma vez que servem apenas para captar o interesse de candidatos incautos e em nada abonam para a seriedade e profissionalismo da empresa em questão.

# Região - É um aspecto muitas vezes ignorado mas que se revela essencial durante o processo de recrutamento. Se vive no Porto e aí quer continuar a fazer a sua vida, porque motivo há-de responder a um anúncio para a Ilha da Madeira? Mantenha-se atento e, antes de responder, certifique-se se estava de facto disposto a ir residir para o local da oferta em causa. Caso esteja efectivamente com pretensões de mudar, seja claro na sua candidatura e manifeste a sua facilidade e vontade em realojar-se na cidade ou país de destino.

# Habilitações Académicas - Se a empresa exige um recém licenciado sem experiência, não vale a pena responder se já tem três ou quatro anos de experiência profissional. Se não é exigido um curso específico ou existe a salvaguarda de “áreas afins”, verifique se as suas habilitações se coadunam com o que é pretendido.  Nestes casos, a adequação das habilitações prende-se também com a expectativa salarial para cada perfil.

# Experiência Profissional - Um período de experiência inferior ao exigido não deve desmotivar, mas é necessário analisar objectivamente se a sua “maturidade” profissional se ajusta ao perfil pretendido pela empresa. Não quer dizer que não tente evoluir profissionalmente, mas é preciso saber arriscar, mantendo sempre os pés assentes na terra…

# Conhecimentos técnicos - É essencial distinguir entre aquilo que é exigido como requisito básico e o que são competências preferenciais (“noções de…” ou “dá-se preferência a…”). Se são enumeradas ferramentas que nem sequer conhece é porque, certamente, não cumpre os requisitos para a função.

# Perfil pessoal
-  Pela subjectividade inerente a este critério, regra geral as características apontadas são meramente exemplificativas e nunca eliminatórias. No entanto, deverá estar atento às referências da empresa para poder reflecti-las no seu CV ou, melhor ainda, no momento da entrevista.

# Idade - Infelizmente, existe uma tendência crescente de discriminar os profissionais pela sua idade e, muitas vezes, uma boa experiência profissional é preterida em função do critério etário. No entanto, nem sempre este é um requisito eliminatório, desde que o candidato saiba valorizar o seu CV por outros aspectos. Não ignore por completo este elemento mas, se a diferença face ao limite traçado não for muito elevada, arrisque, salientando algumas competências adquiridas com a experiência.

# Sexo - Tenha particular atenção a eventuais discriminações sexuais, pois estas são proibidas por lei. Em termos legais, todas as pessoas devem ter os mesmos direitos de acesso a um posto de trabalho. Se transparecer alguma forma de discriminação, faça uma queixa para a empresa anunciante ou para as entidades competentes.

Fonte

Emprego em segurança
Procura de Emprego

Proteja-se das ofertas fraudulentas.

Não são raras as ocasiões em que, nas páginas de anúncios de emprego, nos deparamos com propostas que parecem boas demais para ser verdade, com promessas de muito dinheiro em troca de pouco trabalho.

Infelizmente, muitas vezes essas ofertas não existem mesmo ou os termos em que se encontram definidas nada têm a ver com a realidade. Num mercado onde reina o desemprego há quem conceba esquemas engenhosos para se aproveitar da necessidade, ludibriando quem procura emprego com o objectivo de angariar algumas informações pessoais ou mesmo algum dinheiro.

Para se precaver contra este tipo de situações, sugerimos alguns conselhos que o ajudarão a distinguir as ofertas de emprego fraudulentas e procurar emprego em segurança.

# “Trabalhe a partir de casa”. É evidente que nem todas as ofertas de trabalho a partir de casa são fraudulentas, mas torna-se complicado fazer a distinção entre as que são legitimas e as que não o são. Esteja por isso atento a todos os pormenores passíveis de suspeição.

# Salários muito acima da média. Sabendo que estamos em época de contenção é sempre de estranhar a promessa de salários “astronómicos” para funções muito simples e pouco qualificadas.

# Dobrar circulares, colar etiquetas, responder a inquéritos... Determinadas actividades têm um histórico importante no que se refere a logros. Avalie bem as ofertas de emprego nestas áreas e procure esclarecer os aspectos que levantem algumas dúvidas.

#  Quem trabalha deve receber dinheiro e não pagar. Situações em que lhe seja pedido dinheiro para iniciar a actividade (por exemplo, para material ou enviar instruções), são certamente de estranhar. Da mesma forma, deve ser a empresa a custear a formação inicial e nunca o colaborador.

# Desconfie de propostas de emprego que surjam sem qualquer tipo de selecção (nem sequer uma entrevista telefónica). Afinal, que empresa não está interessada em saber um pouco mais sobre uma pessoa que vai contratar?

# Não forneça informação pessoal que não esteja relacionada com a sua vida profissional. Não partilhe dados como o NIB, sem saber muito bem com quem está a lidar. Não há qualquer motivo que justifique a necessidade de um potencial empregador saber dados bancários ou o número do seu cartão de crédito.

 # Cuidado com apartados ou empresas sem endereço. Empresas que apenas fornecem apartados no anúncio poderão estar a preservar apenas o seu anonimato. No entanto, se contactado para uma entrevista, deverá sempre solicitar mais informação e um contacto que permita localizar a empresa.

#  Informe-se.
Existem empresas com um historial em fraudes deste género que são facilmente encontradas com uma pesquisa na Internet. Aproveite os recursos assim disponibilizados para assegurar-se que não está a cair numa teia enganosa.

#  Coloque sempre todas as questões que achar necessárias. Quais são as tarefas que vai desempenhar, se vai receber salário ou apenas comissões, como e quando vai receber a retribuição.

#  Se for vítima de uma fraude, reporte a situação de imediato. É uma forma de alertar e evitar que mais pessoas caiam no mesmo tipo de esquema.

# Confie no seu instinto. Este é, quase sempre, o seu melhor aliado.

 (*) Nota: No Sapo Emprego existe uma análise regular ao conteúdo dos anúncios que são colocados, de forma a evitar situações que possam induzir em erro os utilizadores e visitantes.

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Anúncios anónimos
Procura de Emprego

Serão realmente um "tiro no escuro"?

Já todos nos deparámos com ofertas de emprego com perfis aliciantes mas onde não é revelada a identidade da empresa para a qual se destinam. Para muitos candidatos, o anonimato das ofertas de emprego é gerador de desconfiança e, muitas vezes, o receio do “desconhecido” acaba por deixar escapar oportunidades que podiam ser a chave para uma melhor carreira.
Desvendamos os maiores mitos sobre os “anúncios anónimos “ e revelamos o que podem verdadeiramente esconder.

Os mitos

MITO 1 -  O “anónimo” esconde uma empresa desconhecida ou duvidosa. Nada mais falso! Pelo contrário, são as maiores e mais competitivas organizações que procuram preservar-se dos olhares da concorrência ou de eventuais candidatos que se possa atrair unicamente por um nome sonante.

MITO 2 - Empresas anónimas = Anúncios fraudulentos. Não é pelo campo da empresa que se define a idoneidade do anúncio em causa. Se o perfil, requisitos e função estão bem definidos e pormenorizadamente descritos, não deverá ser o anonimato encarado como um sinal de alarme.

MITO 3: O anonimato é uma fuga à lei. Muitos candidatos encaram os anúncios não identificados como um sinal de vínculos laborais pouco claros ou mesmo ilegais. Na verdade, em nada a divulgação do nome da empresa poderá levar a concluir quanto ao tipo de contrato que se irá estabelecer.

MITO 4 - O anonimato é uma estratégia de marketing. - De facto, são muitos os motivos que podem levar uma empresa a não revelar a sua identidade mas, normalmente, estão directamente relacionados com questões de Recursos Humanos ou com a própria politica da empresa.

Os factos


# Ao nível da selecção para quadros de topo é frequente recorrer-se ao anonimato para melhor proteger toda a confidencialidade do processo;

# Sempre que uma empresa de maior dimensão se encontra em processos de reestruturação interna os anúncios anónimos são uma forma de se preservar do exterior, para não transmitir eventuais sinais de instabilidade;

# Em casos de fusão de empresas ou parcerias de negócio, o recrutamento de futuros colaboradores dos projectos que dai decorram é sempre feito sob total anonimato. Desta forma, evitam-se fugas de informação antecipada;

#  O anonimato pode, no entanto, ser uma armadilha para os candidatos. Por exemplo, no caso de colaboradores da própria empresa se candidatarem a estas ofertas de emprego, mostrando a sua vontade de mudança profissional.

# A ocultação de identidade do recrutador pode ser ainda uma forma de encontrar substituto para alguém em vias de abandonar a empresa, sem que esta tenha de tomar conhecimento da sua susbtituição.

Fonte