terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cancro da mama: Cirurgia

Cirurgia

No cancro da mama, a cirurgia é o tratamento mais comum. Existem vários tipos de cirurgia; o médico explicar-lhe-á cada tipo de cirurgia, analisando benefícios e riscos, e descrever o impacto físico de cada abordagem, na mulher.

  • Cirurgia conservadora: nesta cirurgia, é removido o cancro, e não a mama toda; pode ser uma tumorectomia, uma mastectomia segmentar ou uma mastectomia parcial. 
Muitas vezes o cirurgião remove, também, os gânglios linfáticos axilares, para ver se as células cancerígenas entraram já no sistema linfático. O procedimento para remover estes gânglios chama-se dissecção ou esvaziamento dos gânglios linfáticos axilares.
Depois de uma cirurgia conservadora, a maioria das mulheres faz radioterapia, na mama operada, para destruir qualquer célula cancerígena que possa, ainda, ter ficado, depois da cirurgia.
  • Mastectomia: nesta cirurgia, é removida toda a mama. Na maioria dos casos, o cirurgião remove, também, os gânglios linfáticos axilares. Depois da cirurgia, pode fazer radioterapia.

Para o cancro da mama em estadio I e II (localizado ou localmente avançado), verificou-se que a taxa de sobrevivência é igual, para a cirurgia conservadora (com radioterapia) e mastectomia.

Existe um novo método para detecção de células cancerígenas nos gânglios linfáticos, chamado biópsia do gânglio sentinela: nesta operação, um cirurgião especialmente treinado remove apenas alguns gânglios linfáticos, em vez de remover um número muito superior de gânglios axilares, diminuindo a possibilidade de desenvolver edema linfático; o gânglio sentinela é o primeiro gânglio para onde as células cancerígenas provavelmente metastizaram sendo, por isso, chamado de gânglio “sentinela”.

Na cirurgia conservadora (mantém a mama), o cirurgião remove o tumor e algum tecido em volta; por vezes, uma biópsia excisional, onde há remoção de todo o tumor, serve como tumorectomia. Ocasionalmente pode, ainda, ser removido algum revestimento dos músculos peitorais, subjacentes ao tumor. Regra geral são removidos alguns gânglios linfáticos axilares.

Na mastectomia radical modificada, o cirurgião remove toda a mama, a maioria ou mesmo todos os gânglios linfáticos axilares e, frequentemente, o revestimento sobre os músculos torácicos.

Antes da cirurgia, pode querer colocar algumas questões ao médico:

  1. Que tipo de cirurgia poderá ser considerada, no meu caso específico? A cirurgia conservadora, que mantém a mama, é uma opção para mim?
  2. Quais são os riscos da cirurgia?
  3. Os meus gânglios linfáticos serão removidos? Quantos? Porquê? Quais as possíveis consequências da remoção dos gânglios?
  4. Como me irei sentir depois da operação? Quanto tempo vou ficar hospitalizada?
  5. Vou precisar de ter cuidados especiais? Como deverei tratar a minha incisão, ou cicatriz, quando for para casa?
  6. Onde serão as cicatrizes? Como será o seu aspecto?
  7. Se eu decidir fazer uma cirurgia plástica, para reconstrução da minha mama, como e quando poderei fazê-lo? Pode sugerir-me um cirurgião?
  8. Terei que fazer exercícios especiais, para ajudar a recuperar os movimentos e ganhar força, no braço e ombro? Deverei consultar um fisioterapeuta ou uma enfermeira para me ensinarem a fazer os exercícios?
  9. Quando poderei voltar à minha actividade normal? Que tipo de actividades deverei evitar?

Haverá alguém com quem eu possa falar, que tenha feito a mesma cirurgia que eu vou fazer? Pode querer fazer uma reconstrução da mama, ou seja, uma cirurgia plástica para "refazer" a forma da mama: esta poderá ser feita em simultâneo com a mastectomia, ou mais tarde. Se considerar fazer a reconstrução da mama, pode querer falar com um cirurgião plástico, antes de fazer a mastectomia.

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