sábado, 7 de julho de 2012

Havaianas: 50 anos nos pés do mundo

Uma história, uma marca, um estado de espírito

Era uma vez uma havaiana…simples, discreta, de borracha e com uma textura sui generis, a imitar os bagos de arroz nos pés. Nasceu em 1962, no Brasil, sob inspiração dos chinelos japoneses “Zori” e, imediatamente, foi bem recebida pelas classes trabalhadoras, ganhando o epíteto de “calçado do povo”.

No início, eram apenas azuis e brancas e só evoluíram por um mero acaso. Um infeliz, ou feliz incidente deteriorou a cor original da havaiana e um lote grande acabou por sair… verde.

. A nova cor foi tão bem acolhida que a marca começou a produzir os chinelos de praia com as tiras em cores alternativas: amarelo, verde, vermelho e preto.

Uma década depois, começaram a surgir as imitações tal o boom de vendas. O slogan “Havaianas, As Legítimas” salvaguardou aposição das pioneiras e pôs os piratas no seu lugar. Também o cómico brasileiro Chico Anysio ficou na história das havaianas ao caracterizá-las na perfeição: “Não deformam, não têm cheiro e não soltam as tiras”.

Os anos 80 trouxeram mais vendas para a marca, o produto começou a ser fiscalizado pelo governo de modo a controlar a inflação e , pouco a pouco, tornou-se num bem quase de primeira necessidade .É curioso pensar que nessa altura a havaiana era vendida em sacos junto dos produtos de higiene, tendo-se criado posteriormente uma necessidade de alargar o mercado para além da classe trabalhadora.

Mudam-se os tempos, mudam-se as havaianas…

A mudança de imagem acabou por acontecer quase espontaneamente. Para além da personalização dos chinelos pelos seus fás, a título privado, também a classe alta acabou por render-se, primeiro em casa, depois por todo o lado, ao seu glamour. Subitamente, passou-se de um produto uncool para um produto cool, um símbolo do estilo de vida casual, positivo, inovador e divertido.
É nesta mesma década que a agência AlmapBBDO começa a tomar as rédeas da publicidade da marca. Graças às suas campanhas criativas, irreverentes e únicas, centradas no consumidor, conseguem alavancar a marca para outros targets.

Paralelamente, as top models brasileiras, na mó de cima, ajudam a popularizar o chinelo que, como bom brasileiro, começa a marcar presença nos campeonatos de futebol. A havaiana começou por ter um pin com a bandeira do Brasil e hoje brincam com as cores de todas as bandeiras, sendo um sucesso sempre que há futebol na mira.

Com o intuito de expandir o espírito brasileiro o máximo possível, em 2007 a marca abre uma delegação nos EUA e um ano mais tarde na Europa. Hoje em dia são mais de 85 os países que podem encontrar uma forma mais divertida e colorida de caminhar.

Em 2010 duas importantes iniciativas na Europa tornam-se um marco histórico na presença digital da marca: a abertura da Havaianas e-shop que representava o único lugar da Europa onde se podia encontrar a coleção completa de Havaianas 24 horas por dia, 7 dias por semana; e a incorporação da marca nos redes sociais que permitiu criar uma interação diária com os consumidores sempre dentro do espírito ‘Always Summer’!

Um passo em frente

Nasce, assim, a primeira linha de extensão do produto na história da marca: a “Soul Collection” que replica a mítica sola de borracha em ténis, sabrinas, e alpargatas. Em 2011 são lançadas as galochas, uma lufada de cor para os dias de chuva.

Também os estilistas já se puseram a fazer corte e costura com as havaianas, Celine (2004), H. Stern (2004), Paul&Joe (2010), Marimekko (2010), Pinel&Pinel (2010), Missoni (2011) são apenas alguns exemplos de edições limitadas.

Mais recentemente e tendo o consumidor como alvo principal, lançaram o “Make Your Own Havaianas” em que cada um escolhe a sola, as tiras, os pins e até os pequenos cristais Swarovski.

Em retribuição por todo o seu sucesso, as havaianas assumem um compromisso de responsabilidade social com duas instituições: IPE (Instituto de Investigação Ecológica), organização sem fins lucrativos, dedicada à proteção de ecossistemas naturais na zona da Amazónia e Conservation International Brazil, organização sem fins lucrativos cuja missão é a proteção dos fundos marinhos e da sua biodiversidade para o bem da humanidade.

Nota que só existe uma fábrica de havaianas em todo o mundo e esta situa-se em Campina Grande, a noroeste do Brasil, local onde são produzidos anualmente 206 milhões produtos.

E chegamos a 2012. Para celebrar as suas bodas de ouro, a marca lança uma edição limitada de chinelos de praia numa alusão direta ao mítico “flip over” que teve lugar na década de 90. Serão 50 mil pares cuja receita reverterá para a UNICEF Brasil. Entretanto, a havaiana vai continuar a dar que falar ou andar…

Conheça ainda as havaianas portuguesas. A marca Havaianas autorizou a empresa portuguesa Flaidisaine a produzir uma edição limitada de chinelos com motivos portugueses. Veja o VÍDEO.

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