sábado, 24 de setembro de 2011

Não saia de casa sem proteção: Por que não deve deixar de ter cuidados com o sol... mesmo depois do verão!

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Não saia de casa sem proteção
Por que não deve deixar de ter cuidados com o sol... mesmo depois do verão!


Estamos cada vez mais expostos à radiação ultra violeta. Por isso, devemos usar um creme de dia que se adapte a esta condição. Tem esse hábito?

Todos sabemos que o sol favorece a formação de vitamina D, responsável por fixar o cálcio nos ossos, além de bronzear a pele, proporcionando-nos uma agradável e irresistível sensação de bem-estar.

No entanto, as alterações climáticas são um facto evidente. Não há nada como refrescar as mais recentes constatações científicas. Os últimos dez anos foram os mais quentes desde que se faz este tipo de medição (1850). E a temperatura está a sofrer um aumento de 0,13º C por década. Mas, de que forma é que o aquecimento global, a diminuição da camada de ozono e a emissão de gases nos prejudicam? É imperativo termos consciência de que a primeira vítima destes fenómenos é a nossa pele.

Preocupações a ter em conta

O sol é mais prejudicial para a pele durante as horas centrais do dia (das 12 às 15 horas), inclusive em dias enublados. O risco de queimaduras aumenta com a altitude. Os danos da radiação UV aumentam a cada 300 metros. Se viajar, lembre-se que a radiação solar é mais intensa perto do Equador. No verão, a radiação solar é maior, mas não se esqueça de cuidar da pele durante o resto do ano. A água, a neve e a areia refletem a radiação solar, aumentando o efeito dos raios que incidem na pele.

Porque é que o sol nos afeta?
A camada de ozono protege-nos da radiação solar, uma vez que é um poderoso filtro dos raios ultravioleta. Como esta camada está a desaparecer aos poucos, devido ao seu estreitamento progressivo e a uma velocidade de regeneração mais lenta do que o normal, a nossa pele recebe mais radiação UVA e UVB, o que se traduz num aumento de casos de melanoma, um dos tipos de cancro da pele mais agressivos.

Por cada 1% de diminuição de ozono, a radiação ultravioleta aumenta em cerca de 1,5%, traduzindo-se num cada vez maior número de problemas de pele. Há 20 anos atrás, uma pessoa na praia bronzeava-se em 6 a 8 horas. Hoje, consegue-se o mesmo efeito em 1 ou 2 horas.

O aumento de temperatura, a falta de humidade e os raios solares, para além de fazerem da pele um alvo de inúmeras patologias, são responsáveis por 80% do envelhecimento prematuro, que se manifesta através de rugas, manchas, flacidez, falta de luminosidade, entre outros problemas.

Um estudo recente revelou que em apenas 30 minutos de exposição num ambiente seco, o número de rugas cresce significativamente. De acordo com os dermatologistas, a incidência de problemas da pele, como a xerose (pele seca e descamativa), dermatose de baixa humidade (pele seca e eritematosa em zonas descobertas, com um prurido que se intensifica à tarde se estiver calor, e desaparece se a humidade ambiental aumentar), rugas ou alergias, aumentam vertiginosamente com a diminuição da humidade.

Mulheres estão mais expostas
Outro efeito das alterações climatéricas é o aumento dos casos de pessoas com pele sensível, muito mais vulneráveis e expostas aos danos das radiações solares, que se manifesta através das rugas ou da hiperpigmentação (manchas).

Regra geral, as mulheres têm uma pele mais sensível do que os homens, tanto facial como corporal, pelo que estão mais expostas a esta alteração climatérica e precisam de mais cuidados. Cerca de 60% das mulheres e 40% dos homens já têm a pele sensível e, no verão, o número de casos aumenta.

Na verdade, nos últimos 20 anos, o número de mulheres com pele sensível aumentou bastante. Felizmente, estes efeitos do aquecimento global podem ser prevenidos e minimizados com cuidados como a hidratação e a fotoprotecção, e mantendo um grau adequado de humidade em espaços fechados.

Proteção diária
Os especialistas garantem que é cada vez mais importante protegermo-nos do sol diariamente, não só no verão nem nos dias solarengos, mas também no inverno, sobretudo se estivermos em zonas geográficas secas, e também em dias enublados. Atualmente, existe um fator a nosso favor. Temos acesso a mais informação acerca dos riscos de uma exposição excessiva ao sol e uma maior consciência de que não podemos sair de casa sem proteção.

Contudo, ainda nos falta assimilar esta informação. Teremos dado um grande passo em frente quando começarmos a aplicar filtros solares durante todo o ano para nos protegermos do sol. Mesmo nos dias enublados, já que as nuvens deixam passar cerca de 90% dos raios ultravioleta.

A solução dois em um
Tal como já dissemos, é imprescindível sair de casa com proteção, seja a que hora, dia ou estação do ano for. Em países como a Austrália, as pessoas usam fotoprotecção diariamente porque está provado que, hoje em dia, a pele não se protege do sol sozinha. E não nos devemos esquecer disto porque o aumento da radiação solar a que estamos expostos diariamente prejudica cada vez mais a nossa pele.

A radiação solar que chega à pele pode ultrapassar a sua capacidade defensiva, pelo que precisamos da proteção adicional proporcionada pelos filtros solares. Estes devem possibilitar um ligeiro bronzeado, mas controlar a radiação ultravioleta. Lamentavelmente, nem toda a gente percebe a necessidade de usar filtros solares diariamente, ainda que algumas pessoas já não usem um fator de proteção solar (FPS) menor de 30 na praia, que há uma década atrás só era usado por pessoas de peles muito claras ou sensíveis.

Quem sabe se daqui a 10 anos não teremos assimilado que o mínimo de proteção deve ser o fator 40? E já nem sequer tem a desculpa da falta de tempo para aplicar mais um produto antes de sair de casa, a somar ao hidratante, ao contorno de olhos, ao corretor e/ou à maquilhagem.<7P>

Atentos à máxima comodidade das suas clientes, são cada vez mais os laboratórios e marcas de cosmética a incorporar filtros solares nos cremes de dia. Trata-se de uma opção 2 em 1 muito cómoda, mas se não estiver disposta a prescindir do seu creme habitual, que não inclui filtro protetor, a solução está em aplicar antes um fator de proteção elevada (o ideal é de 40 para cima).


Os prós e contras dos hidratantes com proteção solar
São vários os fatores que deve ter permanentemente em linha de conta:


Prós
Aplica um filtro solar sem precisar de adicionar mais um passo à sua rotina de cuidado pessoal. Basta seguir o hábito, adquirido há anos, de colocar creme hidratante todas as manhãs. Além disso, não reduz o efeito do hidratante nem o do fator solar, aliás, estes complementam-se.

Contras

A dificuldade em elaborar uma fórmula com ativos hidratantes e filtro solar, impede que a proteção seja muito alta. Não será fácil encontrar um creme de dia com mais de FPS 15. Acrescente-se que ainda não são os preferidos dos portugueses, ao contrário do que já acontece nos países nórdicos.

O protetor diário perfeito
O mais indicado deve ter as seguintes características:


- Deve ser seguro. Não deve conter nenhum princípio alergizante ou tóxico para a pele, e é aconselhável que seja estável perante agentes externos, nomeadamente luz, calor e/ou frio.

- Deve ser eficaz. Para além de hidratar, deve ter um coeficiente de absorção ativo, ou seja, proteger de acordo com o tipo e fototipo de pele.

- Deve ser versátil. Continua a ser um cosmético, pelo que deve ter uma textura e um odor agradáveis, que não manchem, mas que cumpram as suas funções protetoras e ajudem a conservar a saúde da pele.

Texto: Madalena Alçada Baptista

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