domingo, 14 de agosto de 2011

Cabelos ao sol - Em tempo quente, conheça as principais fontes de agressão ao seu cabelo e as medidas a adotar para evitar dramas

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Cabelos ao sol
Em tempo quente, conheça as principais fontes de agressão ao seu cabelo e as medidas a adotar para evitar dramas


O ciclo repete-se anualmente à medida que o verão se aproxima. Primeiro, o entusiasmo pela ida a banhos.

Meses depois, a convivência difícil com os rastos de secura, rebeldia e aspecto baço que ficam nos cabelos, quais recordações tristes de um verão que, infelizmente, já chegou ao fim.

Este problema tem, contudo, uma explicação científica. «O cabelo é uma fibra biológica constituída em grande parte por proteínas chamadas queratinas, que fornecem tanto o núcleo central do fio de cabelo como a cutícula que o protege. Os danos começam por afetar a cutícula (camada exterior da fibra capilar), diminuindo a sua resistência, o que abre caminho a danos nas queratinas», informa a Hair Foundation.

Sol

Os raios solares representam para o cabelo um risco químico, já que «as radiações ultravioleta quebram as ligações químicas das proteínas de queratina responsáveis por grande parte da abundância e resistência da fibra capilar. Proteínas de queratina fracas enfraquecem a fibra capilar e aumentam a probabilidade de o cabelo se tornar seco e com aspecto palha, além de ser mais provável partir-se ao pentear ou escovar», lê-se no site da Hair Foundation.

Para prevenir este tipo de situações «aconselhamos todas as pessoas a iniciarem cuidados específicos com um mínimo de 15 dias antes da exposição mais prolongada ao sol», diz o cabeleireiro Marco Pinheiro. «Estes cuidados incluem a aplicação de champôs de proteção solar e tratamento do couro cabeludo, máscaras de hidratação ou de queratina e óleos para uso durante a exposição ao sol». Se, ainda assim, prefere não arriscar, use um chapéu quando se expuser aos raios solares.

Cloro
Este químico «é um agente branqueador potente e causa danos severos à queratina». Segundo informação da Hair Foundation, «o cloro da água da piscina pode tanto aclarar como enfraquecer o cabelo», danos esses que «podem ser ainda mais severos quando as proteínas já foram anteriormente danificadas por tratamentos químicos ou térmicos de styling». Cabelo quebradiço, pontas espigadas, descoloração e dificuldades no penteado são todas manifestações deste tipo de danos.

Para evitar esses casos, após sair da piscina, enxague o cabelo em água doce logo que possível e, já em casa, opte por um champô que não seja ácido nem alcalino, ou seja, de pH neutro (de 4,4 a 5,5), e que contenha sódio tiossulfato, um agente que neutraliza o cloro. Se procura uma solução mais radical, uma das sugestões da Hair Foundation passa por aplicar um condicionador protetor e, por cima, uma touca de silicone antes de entrar na piscina.

Temperatura
O calor excessivo danifica as proteínas de queratina. Este é um risco presente durante o ano, graças ao uso de secadores e produtos de styling que recorrem ao aquecimento, mas acentua-se no tempo quente, numa altura em que o cabelo e couro cabeludo estão mais fragilizados.

Se é fã do brushing para contrariar os efeitos da humidade e da maresia, saiba que «está provado que a escovagem muito frequente e agressiva danifica fisicamente a cutícula e pode resultar em quebra», alerta-se no site da Hair Foundation. Para travar este problema, especialmente em tempo de maior exposição solar, seque o cabelo com ar frio. Use ferros e placas alisadoras apenas quando é realmente necessário, já que os danos provocados são cumulativos.

Complemente estes cuidados com o uso de «produtos térmicos, disponíveis em vários formatos, como sprays ou cremes», como lembra Marco Pinheiro. Sempre que possível, use pente em vez de escova e nunca escove cabelo húmido ou molhado.

Água salgada
«A água do mar não é apenas salgada, é também alcalina, ao contrário das queratinas do cabelo, que são tendencialmente ácidas», indica a informação da Hair Foundation, segundo a qual «a combinação da água do mar com a radiação solar tem efeitos branqueadores».

Estes factos explicam a tendência para a perda de brilho e cor do cabelo após a época de praia. Assim, antes de entrar na água, aplique no cabelo uma camada protetora de um produto gordo (por exemplo, manteiga de coco), de forma a impedir o contacto direto da água com a fibra capilar.

Para impedir que a água permaneça no cabelo após o banho de mar, «o ideal seria ir retirando o sal com água doce ao longo do dia», indica o cabeleireiro. Em casa, aplique um champô protector o mais rápido possível, aplicando de seguida um condicionador protetor da queratina.

SOS
Sinais de que o seu cabelo e couro cabeludo precisam de ajuda:
Se o seu cabelo apresenta fios secos e quebradiços, pontas espigadas e cor desbotada e/ou se o seu couro cabeludo dá sinais de escamação, excesso de oleosidade, inflamação, comichão intensa ou formação de crosta deve procurar ajuda especializada e utilizar produtos de tratamento capilar adequados a esses mesmos problemas.

Texto: Rita Miguel com Marco Pinheiro (cabeleireiro)


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