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Rica em açúcares, ácidos orgânicos e vitaminas A, B, E, K e C, minerais (caliço, potássio, magnésio e ferro) e fibras, a amora silvestre consome-se sobretudo entre julho e agosto no seu estado natural e congelada nos restantes meses do ano. Este fruto silvestre podem ser utilizado na preparação de gelados, doces, tartes e bebidas. A nível medicinal, a amora silvestre é um dos mais poderosos antioxidantes, sendo por isso muito utilizada na luta contra o cancro.
Historicamente, as plantas deste género existem há mais de 24 milhões de anos. A amora silvestre também é utilizada no fabrico de móveis para a produção de folheado de amora silvestre). Um desenho do famoso Leonardo da Vinci da amora silvestre foi realizado entre 1508 e 1510, sendo considerado um dos melhores e mais completos estudos botânicos do autor.
Curiosamente, um dos gelados mais apreciados é feito de amora pela casa Santini. Em Portugal, existem vários nichos de produção de amora silvestre, que são Vila Real, Sintra, Odemira, Covilhã e Fundão. A nível mundial, os Estados Unidos da América são os principais produtores, seguidos da Sérvia.
A nível de características específicas, pode-se dizer que a amora silvestre provem de pequenos arbustos (podem crescer até aos três a seis metros), muito vigorosos, com ramos arqueados, que no primeiro ano se desenvolvem e no segundo dão origem a flores e frutos. Os ramos são espinhosos e as raízes são fasciculadas e superficiais. As amoras só dão uma colheita por ano, no verão.
Para se desenvolver, é essencial que o solo seja profundo, húmido e rico em húmus, apesar de tolerar solos pobres e abandonados, não sendo muito exigentes em nutrientes. O pH do solo deve estar entre os 5,0 e os 6,5. Dá-se bem em zonas climáticas temperadas sendo de 15 a 25ºC o intervalo de temperaturas óptimas para o cultivo deste fruto que exige pleno sol ou semissombra e humidade média ou alta.
Texto: Pedro Rau (engenheiro hortofrutícola)
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